segunda-feira, março 23

Analistas mantém ritmo de alta de inflação para 2015

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Após o IPCA-15 apresentar alta de 1,24% em março, os economistas do mercado financeiro elevaram novamente as suas estimativas para a inflação oficial. Esta é a décima-segunda semana consecutiva em que há alta das projeções para o IPCA deste ano.

Inflação

A perspectiva de que a autoridade monetária brasileira não entregará, portanto, a inflação de 2015 sem estourar o teto de 6,50% da meta é vista na posição dos economistas das instituições financeiras que elevaram nesta semana as suas estimativas para o IPCA deste ano de 7,93% para 8,33%. Quatro semanas atrás, as projeções estavam em 7,12%.

Para o final do próximo ano, a mediana das projeções para o IPCA foi levemente elevada de 5,60% para 5,61%. Entretanto, para os Top 5, a projeção para a inflação no final de 2016 que estava em 5,61% foi elevada para 5,64%.

A expectativa para a inflação para os próximos 12 meses seguem acima do teto da meta , mas recuaram. Nessa divulgação da Focus, essa projeção passou de 6 58% para 6,49%.

Inflação de curto prazo

Para a inflação de curto prazo, os analistas das instituições Top 5, elevaram as suas projeções para a inflação de março de 1,28% para 1,42%. O arrefecimento para o índice de inflação mensal é esperado apenas a partir de abril, quando o índice deve ficar em 0,60%, mesma projeção da semana passada.

A inflação em patamares elevados contribui para um índice de meta atuarial mais elevado, o que dificulta no curto prazo, o seu atingimento.

Crescimento da Economia

A mediana do PIB – Produto Interno Bruto continua em queda na avaliação dos analistas do mercado financeiro. Nesta semana a estimativa recuou de -0,78% para -0,83% em 2015.

Para 2016 a estimativa para a evolução da economia brasileira recuou de 1,30% para 1,20%.

Taxa de juros

Os agentes dos bancos mantiveram as suas projeções para a taxa Selic ao final de 2015 em 13,00% ao ano, desta forma o mercado continua acreditando em um alta de 0,25 ponto base na próxima reunia e o encerramento do ciclo de aperto monetário. Para 2016 a projeção também foi mantida, só que em 11,50%.

Câmbio

Os analistas do mercado financeiro projetam o dólar cotado a R$ 3,15 no final deste ano. A estimativa foi divulgada hoje, 23/03 através do Relatório de Mercado Focus. Na sexta-feira, 20/03, a divisa norte-americana encerrou o pregão cotada a R$ 3,296, o maior valor desde 1° de abril de 2003, quando havia fechado em R$ 3,304. Para o próximo ano a estimativa dos agentes dos bancos foi elevada de R$3,11 pra R$3,20 por unidade da moeda norte-americana. Com a alta do dólar as exportações são favorecidas, por sua vez pressiona os índices de inflação.

Preços administrados

No Brasil, o termo “preços administrados por contrato ou administrados”, refere-se aos preços que são insensíveis às condições de oferta e de demanda porque são estabelecidos por contratos por contrato ou por órgão público.

Os preços administrados estão divididos nos seguintes grupos: os que são regulados em nível federal – pelo próprio governo federal ou por agências reguladoras federais – e os que são determinados por governos estaduais ou municipais. Nos primeiro grupo, estão incluídos os preços de serviços telefônicos, derivados de petróleo (gasolina, gás de cozinha, óleo para motores), eletricidade e planos de saúde. Os preços controlados por governos subnacionais incluem a taxa de água e esgoto, o IPVA, o IPTU e a maioria das tarifas de transporte público, como ônibus municipais e serviços ferroviários.

Para este ano, as projeções dos analistas do mercado financeiro para os preços administrados foram elevadas de 12,00% para 12,60%. Para 2016 a estimativa foi mantida em 5,50%.

Perspectiva

Apesar da recuperação parcial nos preços dos ativos durante a semana passada, não vislumbramos uma continuidade deste movimento. Os fundamentos ainda direcionam os mercados para um viés negativo, sendo possível um movimento de realização de lucros no curto prazo.

Os investidores devem permanecer cautelosos. Para o curto prazo, mantemos nossa recomendação de menores exposições aos mercados de risco, priorizando investimentos atrelados ao CDI/SELIC.

A estratégia indica uma carteira posicionada no IMA-B e IMA-Geral em no máximo 40%, redirecionando recursos para o curto prazo, em ativos indexados ao CDI e/ou IRF-M 1. Na renda variável, recomendamos manter uma exposição reduzida ao mínimo possível, e aguardar uma melhora nos fundamentos que justifique elevar o risco da carteira no curto/médio prazos.

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