segunda-feira, janeiro 25

A Dívida Interna teve um aumento de quase 22% em relação a 2014. E um história sobre Lula e o FMI

Ministro Nelson Barbosa tentando explicar o aumento da Dívida Interna em 2015...
Corria o ano de 2007. Lula, recém empossado para seu segundo mandato, entendeu que era preciso mais do que apenas um Governo centrado nas questões econômicas "neoliberais" para conseguir vencer o pleito de 2010. Era, portanto, preciso criar factoides e quantos maiores e espalhafatosos eles fossem, melhor seria. Assim nasceu o PAC - que até hoje não teve sequer 60% das ações concluídas passadas quase 10 anos - e uma mentira que até hoje tem gente que jura de pés juntos que é verdade: a de que o Brasil pagou a Dívida Externa.

Lula, seguindo orientação de pessoas ligadas ao núcleo duro do PT, vislumbrou uma oportunidade: os títulos brasileiros vendiam como água no mercado financeiro e resolveu que iria quitar o saldo restante do empréstimo que herdara da Gestão FHC, a época em 20 bilhões de dólares. Acontece que, obviamente, o Governo não tinha recursos para fazer face a tal pagamento, cujo valor em reais passavam dos 40 bilhões. Qual foi a mágica encontrada? Simples: emitir 43 bilhões de reais em títulos ( acima da dívida porque existe, como em toda operação financeira, custos e deságio ) e pagou ao FMI o saldo devedor. 

Atenção: a Dívida com o Fundo era de longo prazo e com juros menores ( algo em de 5% ao ano ) e o custo da emissão era de prazo mais curto e com praticamente o dobro de juros ( 9,5% em média ). Em suma, a negociação foi extremamente desfavorável ao Brasil, mas politicamente foi muito boa para Lula e o PT. Mas, acreditem, o Brasil até hoje deve ao FMI por empréstimos feitos nos anos 70, 80 e 90. Mas o que passou como "verdade" era que Lula pagara a Dívida Externa. Falácia, é claro, mas sem oposição que preste para contestar isso, Lula e o PT passaram a fazer troça em cima desse "feito". Passou até mesmo a emprestar recursos para o Fundo, sem necessidade é claro. Tudo para confirmar que agora éramos "credores" e não mais devedores. 

Em 2008 veio a Crise Financeira nos EUA e o Mundo caiu em uma fase ruim. Lula até disse que era só uma marolinha, que não atingiria o Brasil como o resto do Planeta. E tem quem acredite nisso, até porque em 2010 o Brasil cresceu 7,5%. Acontece que tal crescimento era artificial, como ficou provado nos 4 anos do primeiro mandato de Dilma. Ele fora fomentado pelo incremento absurdo da Dívida Interna durante o Governo de Lula. Quando ele assumiu, em 2003, a Dívida era de 640 bilhões e quando ele saiu a mesma beirava a casa dos dois trilhões. Dilma, portanto, já aumentou, em 5 anos, a Dívida em quase 1 Trilhão. Um feito e tanto...

Ai eu me deparo com essa matéria da Folha de São Paulo, que afirma que - segundo dados do próprio Governo - aumentou quase 22% em 2015. Isso, trocando em miúdos, significa que o espeto do segundo mandato de Dilma foi de praticamente um quarto de tudo o que o Brasil devia até 2014, algo espantoso, sem dúvida. Mas ainda assim, e apesar de um recessão feroz, Dilma ainda foi capaz de dizer hoje que o Brasil não está parado e nem vai parar. Imagina quando ele admitir que estamos parados, como é que será? Com este aumento da Dívida, fica bem claro porque o Governo precisa de mais impostos e que, mesmo aumentando a receita por mais de um década, sempre é preciso mais,

E assim segue o Brasil do PT, onde a Presidente realmente acredita que o Brasil que ela Governa é o país que ela "falava" durante a campanha presidencial, quando ela achava por bem dar pito em Aécio Neves quando ele falava de recessão.

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