sexta-feira, julho 2

Economia dá sinais de recuperação, mas um eventual racionamento é uma ameaça preocupante

 

Depois da maior retração da história em 2020 devido a Pandemia, mas não apenas por causa dela, a Economia Brasileira dá sinais de recuperação. Antes de falar de 2021, informo ao amigo leitor que os números seriam bons salvo os mesmos efeitos fossem repetidos, ou seja, eles seriam bons de forma natural, com a volta do crescimento na Zona do Euro, da China e nos EUA. Só para pontuar. Adiante...

Nesta sexta foi divulgada a Produção Industrial de Maio e o resultado é animador: alta de 1,4%. E o melhor é que a comparação é com o mês anterior. Então temos que quando a Indústria produz mais, ela gera mais demanda por insumos, que por sua vez geram o mesmo na cadeia produtiva e lá na frente passam a demandar mais mão-de-obra. E para produzir mais as Indústrias demandam também mais energia... pois é. 

Antes de falar da geração de energia, que tal falar de outro bom número? Ontem soubemos que em Maio foram criados 280,6mil empregos com Carteira assinada, o que é sempre uma excelente notícia. E o acumulado do ano temos de 1,2mi de empregos criados, que também é muito animador. Some-se isso as seguidas correções para cima visto no Boletim Focus, onde o PIB deve fechar acima de 5%, e o cenário é muito bom. Mas...

É, seria melhor não fosse a crise hídrica que pode jogar tudo por terra. Os reservatórios estão abaixo do ideal para esta época do ano e isso não tende a melhorar, porque a estação da Chuvas terminou. O Governo Federal por meio de seus órgãos e agências tenta minimizar os riscos e a palavra Apagão é simplesmente proibida. 20 anos atrás o Governo FHC sangrou por meses por causa desta mesma situação. A realidade é pouco feito desde então para evitar que o caso se repetisse.

Até mesmo pronunciamento o Ministro de Minas e Energia, Almirante Bento Albuquerque fez à nação. E na terça a ANEEL aumentou em 52% ( isso mesmo, 52%!!!! ) a Bandeira Vermelha 2. Não custa nada lembrar que as Bandeiras Tarifárias são resultado de uma desastrada mexida feita no setor em 2012, pela então Presidente Dilma. Ela anunciou que baixaria a Conta de Energia, mas em 2017 o valor já subira mais do que o triplo que tivera sido reduzido.

Então temos que se a crise se agravar, a Indústria terá que reduzir o ritmo de crescimento e isso será um balde água fria para todos. E assim como foi em 2001 isso recairá em cima do Presidente que agora anseia ser re-eleito. Aguardemos e torçamos que chuva venha de algum lugar. Lembrando que desmatar na Amazônia não ajuda em nada em ter chuvas nas bacias dos Rios no Centro-Sul do Brasil. 

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