terça-feira, setembro 20

Câmara recua depois de protestos e por pouco projeto em defesa dos Corruptos era aprovado

Os espertinhos quase logravam êxito...
Nos anos 60, o Embaixador do Brasil visitou o Presidente Charles De Gaulle, herói da II Guerra Mundial. Ao ser anunciado, De Gaulle disse a frase "aquele país onde os políticos não são sérios". Obviamente essa frase não poderia passar assim para a posteridade e os nosso políticos resolveram alterá-la para "aquele país que não é sério". Em suma, para não virarem piada sozinhos, fizeram a nação inteira ser ridicularizada perante a opinião pública. Acreditem, fizeram isso.

Porque este preâmbulo? Para posicionar que não é de hoje que nosso políticos tentam ser "espertos" em tudo. Ontem eles tentaram armar um Golpe. Mas um Golpe verdadeiro, não um inventado como o que dizem que aconteceu com Dilma. Basicamente tentaram votar um projeto anti-corrupção parado na Casa desde 2007 para livrar todos os envolvidos em Caixa Dois.

Mas como assim? Simples: um dos pilares básicos do direito é que nenhum lei retrocederá para prejudicar o réu. Sendo assim, eles tiveram a grande ideia de votar esse projeto especificando o crime de Caixa 2, com penas duras. Parece bom né? Só que todas as pessoas que já foram incriminadas - e ainda serão - pelo crime de recebimento de propinas em recursos de campanha, ficariam livres pois só os casos acontecidos pós aprovação da Lei é que poderiam resultar em condenações.

Quem patrocinou essa patacoada? O PR, um dos que mais tem políticos envolvidos, PSDB, parte do PMDB mas vários partidos gostaram da ideia, mesmo que não venham admitir em público. O Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente da República em Exercício, Rodrigo Maia disse que não participou de qualquer movimentação para essa votação. Mas sejamos bem francos algo dessa magnitude prospera sem que o presidente da casa tenha conhecimento. Quem bom que eles, ainda, levam em conta o que a população pensa. Mas isso serve para deixar-nos atentos porque eles - os corruptos - não vão cair sem lutar. 

Nossos políticos não são sérios. Mas parece que ao menos estão mais cuidadosos.

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