sábado, novembro 18

Peru fecha a lista de classificados para Copa e os 4 potes são definidos

Uma longa espera de 36 anos finalmente chegou ao fim...
A Seleção do Peru fechou a lista dos 32 classificados para Copa da Rússia. Em uma partida tranquila, onde a Nova Zelândia não esteve em momento algum no ritmo da partida de vida ou morte. os comandados de Ricardo Gareca conseguiram a vaga pra Copa. Desde 1982 que os Incas não se classificavam ao Mundial e Gareca consegue enfim o passaporte que lhe foi privado em 82 e em 86, quando inclusive marcara o gol que garantiu a vaga ao albicelestes. Curiosamente contra o Peru que agora comanda.

Uma vez conhecidos os 32 classificados é hora de imaginar até o dia 1º de Dezembro como pode ser o grupo do Brasil. De muito fácil até o mais complicado. Decidi brincar, mas antes vejam como ficaram os 4 potes do Sorteio:


Antes de brincar, algumas informações: nenhum grupo pode ter 2 seleções do mesmo continente, exceto se forem europeias, mas limitadas a duas. Teoricamente dá para termos grupo sem representante do Velho Continente, embora a chance seja bem pequena. Assim sendo podemos ter alguns grupos interessantes com o Brasil:

  • Tranquílo - Suíça, Tunísia e Arábia Saudita. O primeiro grupo seria muito acessível. Tunísia e Arábia Saudita não possuem equipes para passarem de fase e a Suíça é forte apenas pela defesa. O time de Tite passaria com um pé nas costas aqui.
  • Equilibrado - Croácia, Costa Rica e Japão. Não existiriam 3 forças aqui e convenhamos, as 3 seleções brigariam em pé de igualdade entre si pelo segundo posto, por isso cito que existiria um equilíbrio no grupo.
  • Complicado - Croácia, Senegal e Sérvia. A primeira citação para justificar o equilíbrio aqui é o fato de que Croácia e Sérvia são inimigas fora de campo, tendo as suas feito para da outrora fortíssima Iugoslávia. Senegal volta às Copas e sempre é uma incógnita nestas situações. Uma derrapada numa na estreia diante de uma das duas rivais, poderia colocar em risco a classificação.
  • De Morte - Espanha, Suécia e Nigéria. O confronto diante dos africanos sempre remeterá a 1996 e os Jogos de Atlanta e só por isso já é complicado. A Espanha é de um nível diferente desde 2008 e os Suecos sempre complicaram para o Brasil em Copas - menos na distante Copa de 1950. Seria mais complicado do que o anterior, porque uma derrota para os espanhóis e um empate contra os suecos não é algo impensável...
Claro e evidente que podemos passar sufoco com um grupo acessível ( como em 1966 por exemplo ) ou passar extremamente fácil como em 1970 ou em 1986. Tudo são conjecturas, é claro, mas até o sorteio no dia 1º esse é o lado bom. Imaginar contra quem iremos nos confrontar em campos russos.

sábado, novembro 11

Até terça a Itália viverá uma clima que não vivia desde 1957...


Os próximos dias serão tensos na bota européia... com a derrota por 1x0 sofrida no confronto de ida da repescagem da Europa, a Tetra Campeã Itália corre sérios riscos de ficar de fora da Copa na Rússia. Os italianos tentam evitar o vexame de ficar fora da Copa depois de 60 anos, quando caiu para a Irlanda do Norte falhando em chegar no Mundial da Suécia. Foi a última vez que Azzura ficou de fora de um mundial. Curiosamente pode acontecer de novo, diante da Suécia que sediou aquele mundial.

O futebol italiano vem em decadência desde o fim dos anos 90. A conquista da Copa da Alemanha pode ser considerado um ponto fora da curva, porque a Liga Nacional está decaindo,  no ranking da UEFA perderam a quase uma década a quarta vaga para os alemães e vive uma entressafra de talentos imensa. Passou vergonha nas suas últimas Copa, sendo eliminada na primeira fase em ambas.

Do outro lado, os suecos tentam voltar à um Mundial depois de 2002, quando ajudaram a eliminar outro gigante: a Argentina. Sem o seu maior jogador recente, Zlatan Ibrahimovic, o time sueco aposta no conjunto. Que foi o ponto alto na partida em casa e pode fazer a diferença na volta. 

Já os italianos precisarão fazer algo que não estão acostumados: superar-se de péssimos resultados. A partida em Milão será tensa e pode jogar um trauma a mais na história da Squadra Azzura. Assim como aqueles atletas de 60 anos atrás. Que aliás, tinham sido eliminados na primeira fase das 2 Copas anteriormente ( 1950 e 1954 ) e das 2 seguintes ( 1962 e 1966. 

Evitar isso é o papel deste grupo atual. Vai ser uma longa espera até o fim da partida contra a Suécia... e todos os fantasmas do passado a volta...

domingo, novembro 5

Mendonça Filho recebeu título de cidadão Salgueirense




O ministro da Educação, Mendonça Filho, recebeu nesta sexta-feira, 3, o título de cidadão salgueirense, concedido pela Câmara de Vereadores da cidade de Salgueiro, no sertão de Pernambuco. “Para mim, é uma alegria enorme porque eu tenho uma história de vida dedicada a Pernambuco e a Salgueiro”, declarou.

O gesto é um reconhecimento às ações de Mendonça em prol da educação na cidade, tanto à frente do MEC, quando viabilizou a implantação de um campus da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) no município, quanto no comando do governo de Pernambuco, em 2006, ocasião em que levou para Salgueiro um campus da Universidade de Pernambuco (UPE).
“Quando governador, eu pude realizar um sonho antigo que foi o de trazer um campus universitário para Salgueiro e, hoje, como ministro da Educação, consolido outro sonho da população de Salgueiro, que é o sonho da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). Ter o reconhecimento a partir destas ações é algo que me gratifica e sensibiliza bastante”, completou Mendonça Filho.

A iniciativa partiu do vereador Hercílio de Carvalho e o ministro foi pessoalmente receber a homenagem, que aconteceu na Casa Epitácio Alencar. O presidente da Câmara, vereador Auremar Carvalho destacou a necessidade que o município tem em investimentos em educação e a celeridade com que eles têm chegado. 

“O ministro trouxe várias coisas para Salgueiro no pouco tempo em que está no ministério, além da Universidade de Pernambuco, que pôde trazer para nós quando foi governador, ele vem assinando uma série de ordens de serviço em institutos federais que beneficiam diretamente nossa cidade. Isso demonstra uma preocupação com a educação na nossa região que nos abre caminhos para o desenvolvimento”, disse o presidente da Câmara.

Brasil sem piloto na F1, algo que não acontecia desde 1970

Emerson em sua estréia na F1, em Brands Hatch
Com o anúncio da aposentadoria de Felipe Massa e com a praticamente impossível contratação de outro brasileiro por um equipe para a temporada 2018, uma sequência de 47 anos seguidos com algum piloto do Brasil na F1 vai chegar ao fim. Era, tirando os britânicos e italianos, a maior sequência de representação da história da F1. Agora ficaremos sem ter um piloto na F1. E isso diz muito sobre o esporte no Brasil...

Nos primórdios da F1, alguns brasileiros tentaram a sorte, com destaque o mítico Chico Landi, que foi o primeiro a pontuar para o Brasil. Hernando da Silva Ramos e Fritz D'Orey também correram alguns GPs. Foram os pioneiros, mas jamais foram pilotos de equipes oficiais. Eram loucos, que não conseguiram se firmar no circo maior do automobilismo. Até o ano de 1968...

Dois irmãos, de ascendência italiana, gostavam demais de corridas. Criaram carros, era mecânicos, enlouqueciam a mãe D. Juze e enchiam de orgulho o pai, o Barão Wilson Fittipaldi, também piloto e narrador de corridas. O mais velho, Wilsinho era conhecido como Tigrão, por seu arrojo ao volante. O mais novo, Emerson, era o Rato, por ser astuto e conseguir manter-se vivo nas corridas e vencê-las com a inteligência. Os dois, junto com outros grandes nomes da época - Jose Carlos Pace o mais famoso de todos - seriam os primeiros brasileiros a tentar a sorte na Europa depois de muito tempo. 

Emerson foi primeiro e assombrou a Inglaterra com sua pilotagem segura, praticamente sem quebras do seu F3. Venceu corridas e passou rapidamente para a F2, a porta de entrada da F1 a época. No meio de 1970 já estava correndo para a mítica Lotus, de Colin Chapman. Estreou na Inglaterra ( foto que ilustra este post ), marcaria pontos na Alemanha e veria a morte de perto na Itália, quando o companheiro Jochen Rindt morreu numa batida no treinos. Ele terminaria por dar o título ao colega falecido ao vencer a corrida final em Watkins Glenn, nos EUA. Sim, vencer. Emerson detém até hoje o recorde de vitória mais rápida na F1 para quem não começou a temporada e tenha feito mais de 4 corridas.

Ele seria campeão em 1972, temporada em que tivemos outros 2 pilotos: o irmão Wilsinho e o Moco ( José Carlos Pace ). Ele seria bi-campeão em 1974 e tentaria, ao lado do irmão, fazer uma equipe vencedora. Não deu certo. Mas a semente plantada por Emerson, germinou. Em 1978 um carioca radicado em Brasília chegou para mostrar que não fora obra do acaso o que acontecera em 1970. Seu nome? Nelson Piquet Soto Maior. Venceria a primeira 2 anos depois, em etapa curiosamente onde Emerson conseguiria seu último podrum na F1, numa simbólica coincidência. Piquet venceria 3 campeonatos e seria vice outras 2 vezes. Depois veio Senna...

Acontece que depois de 1994, com a morte de Senna, as vitórias rarearam. Foram apenas 22 vitórias até 2008, quando veio a última. O máximo que conseguimos foram 3 vice-campeonatos, com Rubens Barrichello ( 2 ) e Felipe Massa. Já são quase 10 anos sem vitórias e como não teremos piloto no ano que vem, serão mais do que isso. Além disso, nem mesmo nome de apoio temos formado mais, com algumas raras exceções. E não apenas a quantidade ficou pior, mas também a qualidade.

Hoje não temos nenhum piloto de destaque nas categorias de acesso. Já tem alguns anos que não fazemos campeões da F3 inglesa ou da categoria de acesso à F1. E nem parece que tenhamos jovens em condições de chegar lá num futuro próximo. Assim, pela primeira vez em 47 anos ficaremos sem Piloto.

E isso diz muito sobre nosso esporte, que não anda nada bem recentemente. Igualmente sem perspectivas de melhoras...