E lá temos mais um arranca-rabo de classes... |
Tenho certeza que a maioria dos meus leitores sabem quem foi Karl Marx ( para ler mais, clique aqui ). Alemão, ele construiu uma tese que é o verdadeiro supra sumo do socialismo e seus defensores: a Luta de Classes. Por esta forma de pensar, a grosso modo, é necessário que aconteça uma ruptura entre as classes, com a dominada passando a dominar a outrora dominante. Esta teoria é até bonito, mas tem um problema crasso: fala numa Ditadura do Proletariado.
O papo é chato, mas necessário para que amigo leitor possa entender melhor diversos acontecimentos do Brasil ( e mundo ) atual e para que possam entender, realmente, este post. Marx, no meu humilde entendimento, não defendeu realmente uma Ditadura, mas sim um Governo dos Trabalhadores para que se pudesse - verdadeiramente - dar-lhes as garantias que a época não tinham. Estamos do período da Revoluções ( Industrial e a Francesa ), onde nas fábricas inglesas a jornada de trabalho era de 16 horas... diárias!!! Era portanto um outro contexto, e foi sobre isso que Marx escreveu. Acontece que seus seguidores pegaram apenas esta parte do pensamento e deixaram o resto de lado. E o Partido dos Trabalhos e suas divisões ( PCO, PSOL, PSTU, MST, UNE ) além do PC do B seguem até hoje este mesmo pensamento.
Feita esta introdução, posso voltar aos rolezinhos. Tudo começou em São Paulo, centro de tudo ( de bom e de ruim ) no Brasil. Para aqueles que não acompanham o noticiário do estado ( eu acompanho de perto, pois sou paulista de nascimento, do que muito me orgulho diga-se de passagem ) foi tolhido por uma ação de jovens marcando encontros nos Shoppings da capital e reunindo uma verdadeira massa neles. Parece coisa de louco não é mesmo? Pois bem, aqui é onde a coisa fica séria. E pra valer.
O Prefeito Fernando Hadda, do PT, proibiu a realização de bailes funks em locais públicos. Deixando de lado o meu total desprezo pelo funk, é uma medida terrível a ser tomada. Primeiro porque pela constituição, é livre o direito a gostar de música(??), de se reunir ( sem a intenção de violar as leis ) e de locomoção. Acontece que nestes tais bailes funks em locais públicos estavam acontecendo de tudo: prostituição infantil e de adultos, venda de drogas e grupos saindo deles para irem praticar assaltos. A solução correta seria proibir? Bom, particularmente eu acho que não, mas algo precisava ser feito. E, gostando ou não de Haddad, algo tinha que ser feito...
Mas e o rolezinhos? Bom estes foram a reação, normal. das pessoas que tiveram seus direitos cerceados para se divertir, outro direito constitucional é prudente lembrar. As redes sociais desempenham a cada dia um papel mais determinantes nas comunicações e isso é excelente. Mas ai surgiu o problema: os lojistas ficaram, com certa razão, assustados. A segurança dos Shoppings também, pois o publico triplicou e isso, sim, um problema. E ai vieram os socialistas ( alguns de miolo mole ) acusar de que os ricos estavam proibindo os pobres de irem ao Shopping. ERRADO, pois pobre já anda em Shopping. ERRADO porque é um direito dos Lojistas de terem preocupação com a segurança. Alguém parou pra pensar o que aconteceria se houvesse um dos diversos assaltos às joalherias, tão comuns em São Paulo? O caos que seria? Quantos morreriam? Quantos seria pisoteados ou baleados? Ai os mesmos pensadores iriam criticar os Shoppings e a Polícia de terem sido negligentes...
Mas essas figuras logo recorrem a Luta de Classes para condenar os Shoppings e a Polícia de São Paulo. Muitos destes ditos pensadores são filiados ao PT e por isso, óbvio, nem cogitaram em criticar o prefeito Haddad. Aproveitaram isso sim, em atacar o Tucano Geraldo Alckmin. Que eu nem sei se merece ou não às críticas, mas pensador que seleciona quem criticar, pensador não é. Até a Ministra da Igualdade Racial ( não seriam todas iguais?? ) resolveu falar o que não devia. Aliás onde estava ela quando um Deputado do PT, ex-ministro da mesma pasta, atacou com palavras racistas o Ministro Joaquim Barbosa, presidente do SFT? Ou um negro pode ofender outro?
E como resolver o problema dos rolezinhos? Simples não é, mas tudo passar com diálogo e uma conversa com os jovens propondo promover diversos Rolezinhos menores, com horários para isso, onde a segurança poderia ser bem executada e até os lojistas providenciarem promoções pro horário. Todos sairiam ganhando. Agora querer promover um arraca-rabo de classe não ajuda em nada. E disso eu tenho 100% de certeza...
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