segunda-feira, março 28

Uma das provas porque nada mudou no Brasil no pós-Copa e o fatídico 7-1

A dupla fatídica... ou coisa pior, vai lá saber.
Eu nao canso de dizer que todo dia temos um 7-1 diferente no Brasil inteiro, e não apenas no futebol. É o caso escabroso de termos um presidente sem ser presidente, termos um ex-presidente preso e um ex-presidente que pode ser preso a qualquer momento. Passa pelo calendário que não para em datas FIFA e chega até uma Seleção que simplesmente nao consegue sequer convencer. 

Fosse só isso, já seria o fim. Mas no Brasil sempre podemos esperar o pior, sem importar o quão baixo já tenhamos ido sempre podemos ir mais fundo. Aqui é o Brasil, onde uma pessoa sem qualquer capacidade consegue assumir a Seleção duas vezes!!! Pois eis que hoje fiquei sabendo de algo que é do balacobaco: o Hotel no qual a Seleção ficou hospedada nos arredores de Porto Alegre ( estado natal de Dunga e Gilmar ) é de propriedade de dois assessores de... Dunga!!! 

Existe uma frase da antiguidade ( e eu já a usei aqui para referir-me ao ex-presidente Lula ) que retrata bem o que penso disso: "a mulher de César não basta ser honesta, precisa parecer honesta". E tudo o que esse situação diz sobre a ( péssima ) dupla acima é que eles nao parecem honestos, mesmo que eventualmente sejam. A percepção é de que fizeram isso para favorecer com ( muita ) grana os seus amigos. Pode até não ter sido isso, pode argumentar alguém, mas o que é mais crível? Pois é, poderia ser evitado. 

Abaixo a matéria na integra que está no Site UOL. Eu grifei as partes mais interessantes ( ou absurdas ):


A rota da seleção brasileira do Recife para Assunção incluiu a passagem por uma base bem familiar para a comissão técnica. O Hotel Vila Ventura, em que a seleção brasileira fez parte da preparação antes de ir para a capital paraguaia, tem como sócio e um dos donos Lucimar Ferreira da Silva, popularmente conhecido como Lúcio, zagueiro do pentacampeonato. Ele fica em Viamão, cidade na Grande Porto Alegre.

Lúcio é o auxiliar pontual para a preparação do time para enfrentar Paraguai e Uruguai, pela rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. Ele acompanha a seleção desde o início da preparação para estas duas partidas, que começou na Granja Comary, em Teresópolis, passou pelo jogo em Recife, e fez uma parada em Viamão, cidade na Grande Porto Alegre, antes de ir a Assunção, onde encara os donos da casa na terça-feira.


A inclusão de um período de treinamentos em um terceiro local dentro do trajeto entre duas cidades em que realiza jogos nas rodadas duplas de eliminatórias é uma novidade na logística da seleção. Na primeira vez, jogou em Santiago contra o Chile e depois encarou o Peru, em Fortaleza. Os treinamentos entre os dois jogos foram feitos apenas nas duas cidades. O mesmo ocorreu entre a terceira rodada e a quarta, diante de Argentina, em Buenos Aires, e Peru, em Salvador.

A delegação deixou Recife logo após o empate por 2 a 2 contra o Uruguai, ainda na madrugada, e seguiu direto para Porto Alegre. Apesar da pressa para deixar Pernambuco, o time teve folga no sábado e só treinou no domingo.

Lúcio virou um dos donos do hotel ao lado de seu ex-empresário Sandro Becker, que também tem seu nome registrado no Hotel Vila Ventura como um dos sócios. Sandro Becker é ex-jogador e atuou com o coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi, no início da década de 1990, no Flamengo.

Essa não é a primeira vez que a seleção brasileira ficou no mesmo hotel. Na preparação para a Copa América de 2015, a equipe também fez uma breve parada antes de disputar o amistoso contra Honduras e embarcar para o Chile na sequência, para a disputa da competição. Antes disso, quando técnico do Internacional, Dunga também optou pelo mesmo local para fazer uma pré-temporada para sua equipe.

O Hotel Vila Ventura foi sede da seleção do Equador durante a preparação da Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Para se adequar às exigências da Fifa, o local passou por uma profunda reforma.

Via assessoria de imprensa da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Lúcio admitiu que entrou no negócio do hotel, mas afirmou que não tem decisão na parte administrativa do hotel. Afirmou, ainda, que entrou como acionista para ajudar financeiramente com a reforma necessária para a Copa.

A entidade que cuida do futebol brasileiro ainda afirmou que firmou um contrato com o Hotel Vila Bentura, mas não revelou o valor que pagou para a estadia.

Gilmar Rinaldi admitiu que jogou ao lado de Sandro Becker e disse que o envolvimento de Becker no hotel é algo antigo. Ele ainda declarou que optou por colocar a seleção brasileira no local por falta de estrutura de treinos em Assunção, no Paraguai, e disse que, por logística, seria mais viável ficar em Viamão do que voltar a Teresópolis, principal sede de treinamentos do time e local utilizado antes do jogo contra o Uruguai.

Rinaldi também afirmou que estranha a divulgação de notícias neste momento e crê que esteja "incomodando muita gente por mudar antigos procedimentos da CBF". Complementou afirmando que a escolha de Lúcio para ser auxiliar pontual foi de sua responsabilidade e não tem relação com o fato de o ex-jogador ser sócio do local. "Escolhemos o hotel em janeiro. O Lúcio foi escolhido como auxiliar faz uma semana".

Já Dunga afirmou que a parte logística não é sua responsabilidade. "Essa não é muito a minha área, é do Gilmar, é técnico. O que eu observo é que tem de ter o campo de treinamento bom, junto com a sala de musculação, as melhores condições. Essa estrutura foi usada pela Fifa em Copa do Mundo, já estive com o Internacional treinando. Temos uma equipe de pessoas que vai observar os hotéis, os campos de treinamento, e depois só me passam a questão técnica, que eu analiso. E a parte burocrática é com o Gilmar", disse o treinador.

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