quarta-feira, março 2

O que é preciso para um ídolo eterno?

Vai Leonardo, vai com Deus... os gramados da eternidade te esperam...
Um atacante mirrado, tanto que gerou desconfiança quando chegou do Picos como a grande aposta do Sport em 92, após a venda de um das estrelas do elenco leonino: o volante Dinho. Pouco deram crédito que ele fizera o Vasco sofrer pela Copa do Brasil daquele ano. Acharam, erro do qual muito alegremente se arrependeram logo, que era apenas fogo de palha, como tantos outros antes e depois dele fizeram em partidas contra os grandes. Ironia foi ele sair do Sport direto para o... Vasco anos mais tarde.

Aquele pinguinho de gente mostrou seu valor, com arrancadas fulminantes, dribles desconcertantes e gols, muitos gols. Tanto que é o terceiro maior artilheiro da história do Sport, atrás apenas de Traçaia e Djalma, figurando ao lado de nome como os imortais com Ademir de Menezes, Roberto Coração de Leão, Hélio e cia... 

Foram 7 Taças com a camisa do Sport: cinco estaduais e duas Copa do Nordeste.  Leonardo poderia ser ídolo pelos gols ou pelos títulos apenas, mas além disso o que deixou marcado foram sua imensa dedicação à camisa leonina, sua entrega em campo, sua força de vontade. 

Ontem ele se foi. Se foi? Não, ele jamais irá enquanto aqui os fans seguirem a lembrar dele. Ele apenas não estará fisicamente conosco, mas será para sempre um ídolo. Daqueles jogadores que os avós rubro-negros farão questão de dizer aos seus netos: eu vi Leonardo marcar gols de título contra o Náutico, contra o Santa... no São Paulo de Tele e tantos outros times. Deliciar-se em lembrar das tardes soberanas dele e aquele Sport que tanta saudade traz aos torcedores.

Leonardo já era ídolo antes, agora é um imortal. Vai fazer falta? Sim, claro. Mas para todos os que o puderem ver em campo ( seja por qual camisa tenha sido ) só restará um sentimento: a saudade. 

Vai Leonardo. Vai com Deus. Os técnicos no Céu saberão muito bem usar sua velocidade e faro de gol. Tenho pena é do goleiros, pois estes - sempre - sofreram com ele. Ao chegar por lá, imagino que foi recebido por um caloroso abraço do Queixada, que já veio com a sua camisa 7 nas mãos. 

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