sexta-feira, maio 26

Porque devemos nos preocupar com a saída de Maria Sílvia Bastos do comando do BNDES

Mulher forte do Governo foi fritada porque queria moralizar o Banco...
Uma péssima notícia para o Brasil, mais do que o combalido Governo Temer, acaba de cair como bomba: Maria Sílvia Bastos, Presidente do BNDES, pediu demissão. Ela sai, dentro outros motivos, porque quis moralizar o Banco e retirar de lá as ratazanas, como "oficialmente" era seu papel designado pelo Presidente Michel Temer.

Antes de prosseguir, leiam nota de Maria Sílvia divulgada a pouco:

"Prezados benedenses,

Nesta sexta-feira, 26 de maio, informei pessoalmente ao presidente Michel Temer a minha decisão de deixar a presidência do BNDES. Todos os diretores permanecem no cargo e o diretor Ricardo Ramos, pertencente ao quadro de carreira do BNDES, responderá interinamente pela presidência do Banco.

Deixo a presidência do BNDES por razões pessoais, com orgulho de ter feito parte da história dessa instituição tão importante para o desenvolvimento do país. Nas duas passagens que tive pelo Banco, como diretora, nos anos 90, e agora, como presidente, vivi experiências desafiadoras e de grande importância para a minha vida profissional e pessoal.

Neste ano à frente da diretoria do BNDES busquei olhar para o futuro, estabelecendo novos modelos de negócios e estratégias para o Banco, sem descuidar do passado e do presente, sempre tendo em mente preservar e fortalecer a instituição e seu corpo funcional.

Desejo boa sorte a todos, esperando que sigam trabalhando para que o BNDES continue sendo o Banco que há 65 anos faz diferença na vida dos brasileiros. Um grande abraço,

Maria Silvia"

A nota, claramente, foi feita para ser polida e não atacar o Governo, mas as razões pessoais citadas por Maria Sílvia na verdade são questões de integridade, que ela tem de sobra. Leiam o que postou o site O Antagonista, sobre os reais motivos da saída de Maria Sílvia:

Maria Silvia indicou a advogada Claudia de Azeredo Santos, sua amiga, como representante do BNDES no Conselho da JBS. 
Foi Claudia que articulou o voto contrário do BNDESPAR à reorganização societária da JBS - a criação de uma nova empresa com ações negociadas em Nova York e sede na Irlanda -, o que derrubou as ações da companhia.

A advogada também foi contra oferta da JBS para compra da participação acionária do banco no grupo. 
Essas ações, tomadas bem antes de Joesley aderir à delação premiada, foram muito criticadas internamente no governo de Michel Temer. A partir daí, Maria Silvia começou a ser fritada, especialmente por Moreira Franco.

Por isso é que devemos ficar muito preocupados quando alguém muito competente como Maria Sílvia sai de um Governo, ainda mais quando o BNDES vem para o olho do furação e de lá existem coisas e mais coisas a serem explicadas. Ela tinha boa vontade, além de capacidade, para moralizar o Banco, mas... as mesmas pessoas que quebraram o país não tem o menor interesse nisso.

Preocupante porque perde o país. O Governo também não sai perdendo Flávio? Sim, mas Temer é apenas um cadáver insepulto. Como era Dilma desde o segundo turno de 2014...

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