terça-feira, março 3

Longa vida ao Galinho

Arthur Antunes Coimbra. Ou apenas Zico.
Eu odeio algumas coisas na vida. E algumas pessoas também. Não nego isso, assim como sei que isso é ruim. Mas eu não nego ter profunda antipatia pelo Flamengo. Quem me conhece, sabe bem disso. Mas eu gosto de Zico, a quem considero o maior craque em cores do Brasil. Pelé é da época do preto e branco. O amigo leitor é capaz de dizer que existem imagens coloridas do Rei do Futebol, mas a imensa maioria foi gravada no exterior. A Copa de 1970, para os brasileiros ( e sei bem do que digo ) foi toda em preto e branco, pois não existiam aparelhos coloridos. A imagem vinha colorida até o Rio de Janeiro e de lá era repassada sem cores para todo o Brasil.

Zico é aquele tipo de craque e pessoa que transcende uma camisa. Quem, assim com eu, tem mais de 40 anos sofreu muito pelo drama do Galinho para jogar a Copa de 86. Vê-lo tendo que se sacrificar muito, cirurgias, recuperações, treinos e ficar na reserva foi doloroso para todos nós. Por isso, eu, jamais o culpei pela perda do penalty, sobretudo porque teve gente que tremeu e ele não. Ele foi lá e teve a coragem de bater.

Zico é o melhor jogador que vi dentre os brasileiros.  Muitos falam de Ronaldo, Ronaldo Gaúcho, de Romário e até de Neymar. Mas nenhum, até agora, chegou sequer perto do que este jogador, que era magro demais a ponto de quase ser cortados dos juvenis do Flamengo, fez. Imortal com a camisa do Flamengo, mito com a da Seleção e uma lenda no Japão.

Longa vida ao Galo. Longa vida à Zico. Longa vida ao seu Arthur, que hoje completa 62 anos...

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