A Presidente defendeu-se segunda numa Sessão avançou pela noite |
Brasília, quarta-Feira 31 de Agosto de 2016. Um dia em que será definido o futuro do Brasil, não apenas da Presidente Dilma Vana Rousseff. Daqui a pouco, às 11:00h, o Senado Federal coloca um ponto final no Processo de Impeachment, que em todo o seu curso, desde a denúncia, já dura quase 9 meses, curiosamente o tempo de uma gestação.
Os 81 Senadores decidirão se interrompem ou não o segundo mandato da primeira mulher a tornar-se Presidente do Brasil ( eu odeio o termo ENTA, porque além de soar mal para mim não é adequado ). Eles precisam decidir se, na prática, vale a pena trazer de volta uma Governante desgastada, sem apoio popular, parlamentar e nem de setores do próprio partido. Precisam decidir se os crimes de responsabilidade apontados - para mim, de forma inequívoca - são suficientes para ir contra o que decidiu o povo menos de 2 anos atrás.
Dilma Rousseff precisa de 28 votos, mas as contas mais otimistas apontam que ela conta com o voto de 21 Senadores. Até os mais ferrenhos defensores admitem a derrota e esperam por um milagre. Cabular votos tornou-se algo complicado demais, ainda mais sem o poder da caneta, que já não surtira efeito na Câmara dos Deputados e no próprio Senado, quando ela foi afastada.
Michel Temer, que até aqui faz um Governo pálido, aguarda ansiosamente para virar Presidente efetivo, ocupando o posto que o cargo para o qual foi eleito ( sim, ele teve os mesmos votos de Dilma, até porque vota-se na Chapa para quem não souber ) lhe garante. Será o melhor para o Brasil? Só o tempo dirá, mas eu não vejo o Senado no futuro cancelando a Sessão que começou ontem e terminará hoje por volta do meio dia, como disse Lindbergh Farias, citando que o Senado fez com o ocorrido em 64, quando o Senado cassou o Presidente João Goulart.
Não adianta mais, de ambos os lados, evocar o conjunto da obra. Agora é hora de pensar bem e escolher de acordo com as convicções de cada um. Contudo é de se pensar como, em menos de um quarto de século, estamos vivendo uma segunda ação de impeachment. De como chegamos a este ponto. E, suprema ironia, com o primeiro impeachmado votando no processo de outro Presidente. Coisas do Brasil. Assim como as jabuticabas.
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