Depois de mais de 4 horas e diversas interrupções, veio o voto... |
Quando o Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, deu abertura ao Processo de Impeachment ( único ato dependente dele em todo o rito, sempre é prudente dizer ), o Governo Dilma e o Partido dos Trabalhadores acreditava que teria total controle sobre o andamento do processo e que o mesmo seria facilmente barrado no seu nascedouro. Postura mais arrogante e errada impossível.
Hoje, mais de 5 meses depois do seu começo, foi lido o relatório do Deputado Jovair Antunes ( PTB-GO ). E o conteúdo foi pelo prosseguimento do processo, ou seja, mesmo que derrotado na Comissão Especial do Impeachment, o relatório irá a Plenário. E nem mesmo o Governo acredita conseguir votos para derrotar o texto - de 132 páginas - apresentado após mais de 4 horas. A certeza, por hora, é de perder por muito na Comissão, de 65 membros.
Dilma sabe bem que seu Governo balança e vai tentar - que ironia - na base da compra de votos ( lembraram dos petistas acusando FHC de fazer isso no passado? ) segurar-se num mandato que claramente foi conquistado violando as leis e a decência. Dilma, como disse ainda em 2014 logo após o pleito, venceu para não saber o que fazer com o segundo mandato, porque já não soubera o que fazer com o primeiro. Venceu atacando os outros do que não agora faz, mas do que já fazia desde 2011.
Se o Governo, com base na compra de votos, conseguirá ou não os votos para barrar o Impeachment na Câmara ( o total é de 172 votos contra, abstenções ou ausências ) eu não sei. O que garanto, e isso eu digo desde que a realidade foi desnudada ainda no calor do segundo turno em 2014, é que o Governo Dilma já era, acabou. E isso é, óbvio, terrível para o Brasil, porque mesmo que consiga os votos, que tipo de Governo vai ficar no poder até 2018? A resposta é igualmente tenebrosa: o pior possível.
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