quinta-feira, julho 8

Porque o Presidente não desmente o Deputado Luiz Miranda sobre o líder Ricardo Barros?


Amanhã, 09, completam-se 15 dias que o Deputado Luiz Miranda ( DEM-DF ) disse que o Presidente Jair Bolsonaro citou o nome do também deputado Ricardo Barros ( PP-PR ) numa reunião no Palácio da Alvorada. Foi nesta reunião, não negada pelo Palácio do Planalto, que Luiz Miranda ao lado do irmão Luiz Ricardo, este funcionário de carreira do Ministério da Saúde, informaram o Presidente que pressões suspeitas eram feitas para que se pagasse antecipadamente 45 milhões de dólares para a Barath Biotech, em aquisição de 20 milhões de doses da Covaxin.

Segundo os irmãos Miranda, no momento em que soube, Bolsonaro citou o nome de Ricardo Miranda e ainda deu a entender que soubesse dos rolos dele. A informação exige de qualquer membro de governo, imagine então sendo o Presidente, de uma investigação séria pela Polícia Federal. Mas o Presidente, curiosamente, não fez isso. Aliás, inexiste provas de que ele tenha feito algo. E neste caso, teria prevaricado. O que é crime, pelo o qual foi aberta investigação.

Acontece que 15 dias depois, Bolsonaro nem sequer negou que tenha citado o nome do líder do seu Governo. E, pasmém, nem sequer o retirou do cargo. Mas porque raios então o Presidente não negou a conversa ou ao menos que tenha citado o nome de Ricardo Barros?

Existe um medo de que os irmãos tenham gravado a conversa. Neste caso se ele negar e tal gravação realmente existir, é crime de responsabilidade e isso dá Impeachment, o que Prevaricação não resulta. Mas porque então, ele não confirma ( derrubando o medo da gravação ) e retira Ricardo Barros da Liderança do Governo? Bom, se fizer isso ele irrita o Centrão e com isso o risco de Impeachment aumenta consideravelmente. Alguém ai se lembrou de Dilma e Eduardo Cunha? Pois é...

Então é por isso que ele nem nega e nem confirma. Prefere se calar, mesmo que isso não o ajude em nada, mas prejudica menos do que escolher um lado. E o momento não é bom porque as pesquisas mostram que ele tem 51% de reprovação, número impeditivo para re-eleição. Se perder o apoio do Centrão, o coro pelo Impeachment ganharia muitos adeptos. E isso seria trágico para quem parecia facilmente seguro para um segundo mandato antes da Pandemia.

E pensar que tudo isso seria evitado tendo sido defensor da Vacinas...

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