sábado, junho 30

E a Copa da Rússia acabou para Messi

Messi, sozinho, lamenta enquanto os franceses festejam...
Existem exemplos na história das Copas onde um super craque venceu, quase sozinho uma Copa. Mas em todos os casos, existia um equipe minimamente organizada, mesmo que carente de qualidades individuais havia um jogo coletivo. Garrincha em 62 tinha vários craques ao seu lado. Maradona em 86 tinha um grupo abnegado para que ele brilhasse. Romário em 94 tinha quem o apoiasse a ganhar o Tetra. Não é o caso de Messi com a seleção Argentina.

Excluindo o time da Copa passada, com uma defesa fortíssima, Messi nunca teve uma equipe que ajudasse a brilhar. Era reserva em 2006, no bom time treinado por Jose Pekerman e pouco jogou. Na África do Sul pouco pode realizar na bagunça do time "treinado" por Maradona. No Brasil foi eleito o melhor jogador da Copa, mas viu seus colegas perderem gols incríveis na Final contra os alemães. E agora nem mesmo se destacar pôde, porque a seleção portenha foi um desastre.

A eliminação contra a França de Mbappé era o mais esperado, mas foi num jogaço maluco, que terminou em 4x3 e já é um épico da história das Copas. Mas ele pouco fez, não porque não saiba o que fazer, mas porque inexiste time na Argentina. Uma pena, porque podemos ter visto hoje sua última partida em Copas. No Quatar ele terá 35 anos e até pode participar, mas não será mais um atleta em seu auge.

E não sei vocês, mas eu começo a ter medo desta França nas Semifinais. Isso, é claro, caso cheguemos lá...

sexta-feira, junho 29

60 anos do dia em que o Brasil se tornou o país do Futebol

Em pé: Feola ( técnico ), Djalma Santos, Zito, Belini, Nilton Santos, Orlando e Gilmar.
Agachados: Garrincha, Didi, Pelé, Vavá e Zagallo.

Seu pai talvez não seja tão velho quanto esta foto ( o meu é 12 anos mais velho ), mas estes jogadores são os responsáveis por quebrar a síndrome de vira-latas, como cunhara Nelson Rodrigues. Eles vingaram 50 e se colocaram no Olimpo do Futebol, sendo - ate hoje - o único  campeão que mais marcou 10 gols somando a semi e a final. 

Antes de contar como este time ganhou a Copa, que tal falar o contexto dos anos 50. O Brasil vinha da "mãe de todas as derrotas" na Copa que organizamos em 1950, trocamos de uniforme ( de branco e azul para o amarelo tão famoso ), jogamos na Suíça sem que se soubesse sequer o regulamento e protagonizamos papelão em uma excursão na Europa, com cenas lamentáveis.

Foi quando um certo João Havelange assumiu a CBD ( Confederação Brasileira de Desportos, que na época cuidava de TODOS os esportes ) e trouxe um pouco de organização, mas que comparado com o que não tinha pareceu uma mega revolução. Colocou um Chefe de Delegação de pulso firme ( Paulo Machado de Carvalho ), trouxe profissionais médicos para o time ( Dentistas e Psicologo ) e deixou nas mãos deles a formação do time.

O elenco era, não tinha como fugir, um misto de cariocas com paulistas. Unia grandes jogadores já veteranos como Didi e Nilton Santos ( este o único remanescente da derrota pro Uruguai ), jogadores em meio de carreira  como Djalma Santos, Belini e Castilho com jovens revelações tais como Pelé. Tudo isso aliado com jogadores táticos ( Zagallo ) e extremamente dedicados ( Belini e Orlando ). Tudo, podemos assim dizer, convergiu porque um garoto de 17 anos, um jogador de pernas tortas e um atacante com apelido de peito de aço jogaram como ninguém poderia esperar. E tinha um líder: Valdir Pereira, o Didi. Melhor jogador daquela Copa, convém lembrar. Fala-se muito dos 11 da final ( foto acima ), mas existiam tantos outros: Joel, Dida, Dino Sani, De Sordi ( que só ficou de fora justamente da final ) Mazzola, Pepe, Mauro, Castilho, Oreco, Moacir e Zózimo. Estes 11 reservas ( alguns foram titulares em parte da campanha ) talvez conseguissem fazer uma Copa digna, mas não a venceriam, com certeza. Mas merecem destaque, porque não fariam feio no lugar de seus titulares ( exceção aos laterais ).

Chegando na Suécia, o time tinha Dida como o ponta de lança, Joel como o ponta-direita e Dino Sani como o volante. Venceu a Áustria por 3x0. Na sequência, ficou no 0x0 contra a Inglaterra, já com Vavá no lugar de Dida. Para o jogo decisivo contra os Russos, três mudanças teriam sido impostas ao técnico Feola por Nilton Santos e Didi: Pelé no lugar Mazzola, Garrincha no de Joel e Zito no de Dino Sani. E o resto virou história, com os 3 minutos mais impressionantes da história da Copa, com 2 gols de Vavá. Depois o suadouro contra o Pais de Gales, só vencido na genialidade do menino Rei. Depois passamos pela França com um sonoro 5x2, que pese que o zagueiro Jonquier quebrara a perna numa dividida com Vavá. Como não tinham substituições, os franceses ficaram com 10.

Para a final, um problema: Brasil e Suécia usavam o mesmo padrão de camisas. O que fazer? Hoje em dia isso é definido bem antes ( com O resto o time que fica a esquerda do confronto mudando de camisa ), mas 60 anos atrás... foi feito um sorteio. E o Brasil perdeu, tendo que jogar de azul. Logo, o pânico poderia ser gerado pela troca de camisas. Como não pensar nos fantasmas de 1950? E eis que o Marechal da Vitória, termo cunhado depois da conquista, Paulo Machado de Carvalho teve a grande ideia ( enquanto Mário Américo cortava números e escudos das camisas amarelas para passar a noite costurando as camisas azuis recém compradas ) de dizer a todos: "iremos jogar de azul, que é a cor do manto de Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil!!!"

O resto da história, todo mundo que conhece algo de Copas, sabe: choveu, os suecos enxugaram o campo, Djalma Santos entrou no lugar De Sordi por motivos até hoje não totalmente claros, o Brasil saiu atrás e Didi carregou a bola com calma enquanto conversava com os colegas, Garrincha entortou os "joões" suecos em 2 lances idênticos para gols de Vavá, Pelé fez 2 gols e Zagallo mais um. E ao fim Hideraldo Luiz Belini levantou a Jules Rimet como nunca antes nenhum outro capitão fizera. E de "vira lata" o Brasil virou o país do futebol. E tudo isso deve-se aquele time, que naquele 29 de Junho tornou a Copa do Mundo uma possessão brasileira.

O capitão Belini puxa a fila de jogadores com a bandeira da Suécia...

quinta-feira, junho 28

Com o fim da 1ª Fase, eis que sabemos o caminho até a Final

Bélgica e Inglaterra fizeram um bom jogo que colocou o primeiro no caminho do Brasil...

48 jogos depois, termina a primeira fase de uma boa Copa, com apenas uma partida sem gols e onde todas as equipes marcaram, ao menos, 2 gols ( primeira vez que isso acontece na história ). Tivemos grandes confrontos, grandes atuações e batalhas campais no bom sentido do termo. A Copa tática, onde as defesa sobrepujassem os ataques não aconteceu. Até aqui, é claro.

16 vão embora e 16 seguem para, pelo menos, mais uma batalha. E estas 16 estão divididas de forma nada proporcional entre os continentes, como podemos ver a seguir:
  • 10 representam a Europa: Portugal, França, Bélgica, Espanha, Rússia, Croácia, Dinamarca, Suíça, Suécia e Inglaterra. Apenas Sérvia, Alemanha, Polônia e Islândia foram eliminadas;
  • 4 representam a América do Sul: Brasil, Argentina, Uruguai e Colômbia. Só o Peru ficou de fora.
  • 1 representa a América do Norte e Central: México. Panamá e Costa Rica passaram ser sequer vencer uma partida;
  • 1 representa a Ásia: Japão. Arábia Saudita, Irá e Austrália ficaram pelo caminho;
  • Nenhum representa a África, com todos sendo eliminados, a maioria na lanterna ( Marrocos, Senegal, Tunísia, Nigéria e Egito.
Além disso, na composição das Chaves, também verifica-se uma desproporcionalidade incrível: de um lado da Chave temos 7 Europeus e 1 intruso, no caso a Colômbia ( a segunda linha na imagem no fim deste post ) e do outro lado da Chave 3 Europeus, 3 Sulamericanos, 1 norteamericano e 1 asiático. Se a Colômbia não protagonizar um milagre, um time da Europa já está garantido na Final. Do outro lado, onde está o Brasil, ficou bem pesado, pois tem 10 títulos ( metade das Copas disputadas ) e ainda conta a atual campeã europeia, sem falar que tem a "supostamente" melhor seleção da Copa ( Bélgica ).

Quanto ao Brasil, o adversário não é temível, mas merece respeito. Osório conhece de futebol e tem um bom time nas mãos, mas é inferior ao Brasil. Passando, em tese, encararemos a Bélgica e sua geração de "ouro". Será uma páreo duro. Em uma eventual semifinal, o Brasil teria pela frente um rival local ( Argentina ou Uruguai ) ou um duro europeu ( França ou Portugal ). Se passar, na final ai - arrisco com grandes chances de acertar - que era um time da Europa, podendo ser a Espanha, que parece ganhar corpo durante a Copa. Mas se fosse apostar num franco atirador, eu iria de Croácia.

Em todo caso, tem que passar um time por vez e o México tem dado trabalho imenso ao Brasil.


quarta-feira, junho 27

A maldição da campeã persiste: Alemanha termina na lanterna de seu grupo

Ganhou a Copa? Na outra é fiasco!!!
Desde que a Copa passou a contar com 32 seleções, na França 1998, que somente uma vez o campeão de uma Copa passou da primeira fase na seguinte. E este time foi o Brasil em 2006 e mesmo assim com um futebol terrível e tomando um baile histórico de Zidane. E mesmo antes da Copa ter 32, podemos ver um método em outras Copas, como em 82 ( Argentina ), 86 ( Itália ) e 94 ( Alemanha ). Até mesmo o Brasil em 98, quando mesmo chegando à final sofreu com péssimo futebol e levando uma surra da França.

A França em 2002, Itália em 2010 e a Espanha em 2014 tinham efetivado desastres históricos, com a Fúria levando até goleada. Acontece que agora na Rússia a atual campeão parecia fadada a superar este estigma. Parecia, porque não conseguiu. Com 2 derrotas e uma suadíssima vitória contra a Suécia, mas ficou de fora. E não apenas ficou de fora, mas terminar na lanterna no grupo. Perder para uma Coreia do Sul eliminada e muito tecnicamente inferior é desastroso, mas que destaque a garra e determinação coreana, dignas de louvores. Mas não diminui o fiasco germânico.

O que deu errado? Várias coisas, é claro. Uma delas erros na convocação de Joachim Low, deixando alguns atletas de fora, como Sané. Outra foi apostar em medalhões como Ozil, Khedira e Hummels. Ou ainda bancar Neuer como titular enquanto Ter Stegen fez uma temporada quase perfeita. Por fim uma falta de ideias novas, tornado o time previsível demais. Tudo isso junto, deu na pior campanha da história alemã na história das Copas com fase de grupos ( em 1938 o sistema era eliminatório desde o começo ).

O grupo segue forte e tem condições de se re-erguer. Existe pé-de-obra em boa/ótima quantidade. A questão é saber como se dará o próximo ciclo, se será com Low ou não. Em todo caso, é um vexame sem precedentes. E uma curiosidade: a Suécia eliminou Holand, Itália e agora Alemanha. É bom respeitar os nórdicos.

Brasil vence, convence, e se classifica batendo a Sérvia por 2x0



Havia um temor, justificado diga-se. O time não vinha bem e o adversário era bom. como deixou claro na partida. Mas ele dissipou-se ao longo da partida, com uma boa atuação, segura e consciente do que fazer em campo. O gol de Paulinho foi importante, pela jogada e a segurança que o time demonstrou também.

Neymar deitou e rolou e só não fez o gol, Coutinho foi soberbo e Casimiro monstro. Mas Gabriel Jesus segue devendo, assim como Paulinho. No mais, destaco Thiago Silva numa Copa espetacular até aqui e foi coroado com o gol. Agora é encarar o México de Luiz Carlos Osório, que treinou o São Paulo anos atrás. Adversário duro e que gosta de complicar contra o Brasil. Mas com o empenho demonstrados hoje, eu sou mais Brasil.

Allison, 6. Espalmou uma bola pro meio da área que quase resultava em gol.
Fagner, 5. Como ele foi parar na Copa? Simples, joga no time do técnico.
Miranda, 6,5. Uma parede humana
Thiago Silva, 7. Seguro e ainda fez gol.
Marcelo, sem nota. Machucou no começo da partida. Talvez ainda jogue nas oitavas.
Filipi Luiz, 5,5. Foi mais efetivo no segundo tempo e ainda bateu de fora da área.
Casemiro, 7. Comanda com incrível capacidade o meio de campo.
Paulinho, 5,5. Só o gol e nada mais. E ainda foi eleito o melhor em campo. Como FIFA???
William, 6. Foi melhor no segundo tempo, mas não entendo como ele é titular.
Coutinho, 8. Melhor em campo, fez de tudo na partida. Para um 10, faltou um gol.
Gabriel, 6. Continuo crendo que Firmino merece jogar com centroavante.
Neymar, 7,5. Melhor atuação dele na Copa, não foi o melhor em campo, mas fez o time jogar.
Tite, 6. Armou bem o time, mas errou nas substituição colocando o Renato Augusto, era jogo pro Firmino.

Sem sustos e com boa atuação Brasil vai vencendo por 1x0

Com um bom futebol, o Brasil fez 1x0...
Com um bom futebol e volume de jogo, o Brasil venceu bem a Sérvia por 1x0 e poderia ter feito mais. A defesa portou-se bem, os laterias foram mal ( Felipi Luis não dá e Fagner então ), mas do meio para a frente tudo fluiu bem. Neymar mal calmo, soltando a bola e indo pra cima.

O lance do gol mostrou que treino dá certo: Gabriel Jesus sai da área atraindo a marcação e Coutinho lança na hora certa e Paulinho marca. Neymar teve duas chances e com forçando mais dá para marcar mais e classificar sem grandes sustos. Eu não voltaria com William, apagado na partida. E como não tem outro pra colocar no lugar Fagner...


Allison, 6. Não foi exigido.
Fagner, 5. Não tem capacidade para jogar uma Copa do Mundo.
Miranda, 6. Seguro.
Thiago Silva, 6. Seguro.
Marcelo, sem nota. Machucou no começo da partida. Não deve jogar mais na Copa.
Filipi Luiz, 5. O mesmo que Fágner.
Casemiro, 6. Confiante, dá segurança a Zaga.
Paulinho, 6,5. Estava muito mal, mas recebeu passe primoroso e fez o 1x0.
William, 5,5. Não sei porque entrou em campo.
Coutinho, 8. Só pelo passe do gol, merece merece a maior nota.
Gabriel, 6. Meio tímido, perdeu a melhor chance, mas abriu o espaço para Paulinho marcar.
Neymar, 7. Mais tranquilo, buscou o jogo e quase abria o placar.
Tite, 6. Acalmou o time e conseguiu encontrar alternativas de fazer o time jogar. Pode pecar pelas opções para reserva, se Marcelo realmente estiver fora da Copa.

terça-feira, junho 26

Brasil decide sua vida na Copa contra a Sérvia

Confronto com história, não muito feliz para o Brasil...
Amanhã o Brasil encarará a Sérvia, herdeira do histórico da antiga Iugoslávia em Copas. E esta história inclui 1 derrota ( 1930, na primeira partida de ambos em Copas ) 2 empates ( 1954 e 1974 ) e apenas 1 vitória ( em 1950 na partida decidiu o grupo, por 2x0). Só isso já serve para mostrar que não será fácil a partida amanhã na capital da Rússia, Moscou, no belíssimo estádio do Spartak, às 15:00hs

O Brasil lidera o grupo e com um empate se classifica, mas correria risco de ser o segundo. Se perder, correria risco de ficar de fora, caso dê a lógica na outra partida onde se enfrentam Suíça e Costa Rica. Por isso, vencer é bom para não correr riscos e também para ganhar confiança e ritmo. Mas é bom abrir os olhos.

Do outro lado vem um time bom, mas que não tem um grande destaque individual onde o forte é o conjunto. Os sérvios sabem que perderam a chance contra a Suíça, quando tomaram a virada e reclamaram bastante da arbitragem. Vencer o Brasil para um desafio quase impossível, mas com um partida quase perfeito pode aparecer.

O time do Brasil deve ser o mesmo, até porque vários jogadores estiveram bem contra a Costa Rica, mas se eu fosse apostar em saídas, seriam as de Paulinho e Gabriel Jesus para as entradas de Renato Augusto e Firmino. Não sei se eu faria estas mudanças, sobretudo a segunda, mas o time tem ido mal no primeiro tempo das partidas até aqui. Mudar este marasmo seria salutar amanhã.

domingo, junho 17

Brasil 1x1 Suíça: Em jogo com queda abissal, uma estreia ruim

Alisson não saiu e tomou o Gol...
Depois um primeiro tempo, o Brasil fez um segundo tempo para ser esquecido. Com este futebol o time não terá vida longa na Copa. Tite mexeu mal no time, fazendo substituições sem qualquer sentido e colocando jogadores com pouca produtividade em campo. Alguns jogadores foram nulidades em campo ( veja as notas abaixo ) e outros até que tentaram algo, mas não conseguiram.

Para a próxima partida, a sorte é que o adversário é realmente frágil e em nada de parece com aquele de 4 anos atrás. No mais, algo para esquecer nesta tarde em Rostov.

  • Alisson – 5. Falhou feio no gol, ao não sair.
  • Danilo – 5,5. Estreia em Copa é complicado, mas Danilo sentiu demais.
  • Thiago Silva – 6. Foi bem, discreto e seguro.
  • Miranda – 5,5. Não pode um zagueiro experiente como ele marcar pela frente. Quase decidia no final da partida.
  • Marcelo (C) – 6,5. Foi bem no primeiro tempo, caiu com o time no segundo tempo.
  • Cassemiro – 6. Não comprometeu, mas saiu por ter recebido amarelo.  E o time piorou sem ele.
  • Fernandinho – 5,5. Não acrescentou quase nada.
  • Paulinho – 5. Disperso, nada fez. Saiu merecidamente.
  • Renato Augusto – 4. Porque ele entrou mesmo?
  • Coutinho – 6,5. Fez o gol, mas parou depois dele. E o time sentiu isso.
  • Wiliam – 5,5. Tentou no primeiro tempo, tentou no segundo. Mas pouco fez.
  • Gabriel – 4. Ele realmente entrou em campo? Reclamou de pênalti que eu sinceramente não marcaria.
  • Roberto Firmino – 6. Foi bem melhor do que Gabriel Jesus, o que nem seria tão complicado assim. Pode ter pavimentado caminho para virar titular.
  • Neymar – 6,5. Buscou jogar e não se escondeu, mas foi pouco efetivo.
  • Tite – 5. Time dominou até fazer 1x0, depois parou de jogar. E ele fez mudanças, a meu ver, erradas. Eu jamais colocaria Renato Augusto no time e demorou demais para colocar Firmino.

Brasil vai vencendo por 1x0 e as Notas do primeiro tempo


A pose foi bonita e o gol maravilhoso...
Num primeiro tempo dentro do esperado, com o Brasil com a bola e a Suíça esperando, se bem que os suíços foram até mais ao ataque do que o esperado. Com paciência o Brasil foi aos poucos envolvendo e quase abria o placar com Paulinho, mas foi Coutinho quem fez isso. Uma primeira etapa interessante, mas que pode ser bem melhor no segundo tempo. Agora as notas do primeiro tempo:
  • Alisson – 6. Não teve trabalho, apenas assistiu ao jogo, mas assustou em uma saída de bola.
  • Danilo – 5,5. Sentiu dificuldades naturais, mas pode fazer mais. Pior em campo.
  • Thiago Silva – 6. Segurança em pessoa.
  • Miranda – 6. O mesmo que Thiago Silva.
  • Marcelo (C) – 7. Competente no ataque e em certos momentos atuou até como meia.
  • Cassemiro – 6. Só perdeu uma dividida e poderia ter dado mais velocidade na saída de bola.
  • Paulinho – 6. Começou bem, mas depois deu uma caída. Perdido em campo, mas quase abria o placar.
  • Coutinho – 7,5. Discreto como de costume, marcou um golaço. Como de costume também.
  • Wiliam – 6. A bola passou muito pelos seus pés, mas precisa ser mais produtivo.
  • Gabriel – 5,5. Sumido, o pior do ataque
  • Neymar – 6,5. Chamou a responsabilidade sem ser fominha. Mas pode fazer mais.
  • Tite – 6. Time foi bem, mas existe o que melhorar, como o lado direito e o posicionamento de Paulinho, meio perdido depois que o Brasil fez 1x0.


Brasil estreia contra a Suíça tendo o peso de favorito

Em 1950, foi jogo duro: um 2x2 no Pacaembu
O Brasil estreia na Copa. E só idiotas estão torcendo contra. Não existe ELO entre o time da CBF ( que é uma entidade bem corrupta, diga-se ) com o caos que o Brasil vive desde 2014, muito disso por causa justamente da Copa de 2014 aqui realizada. Hoje é dia de ver a partida e torcer, sim, por uma vitória. Porque todos gostamos de futebol e quando a bola rolar, será bem complicado ficar inerte. 

O time de Tite chega a esta Copa em um cenário raro: sem lesões graves em jogadores, sem grandes ausências e sem crises internas e externas. Tem status de favorito e jogando assim foi campeão em 1962 nesta situação. Perdeu em 82, 98 e 2006 quando era um claro favorito. Mas Tite parece capaz, com o elenco que montou, de suplantar este estigma. Fora de umas escolhas absurdas ( Fágner, Cássio, Renato Augusto, Taisson e Fred ), o time é coeso e tem variações táticas, coisas que raramente tivemos em Copas, vide 2010 quando Dunga olha para o banco e abre os braços... e não tinha talento para colocar em campo.

O time vai com 4 jogadores teoricamente ofensivos: Neymar, Coutinho, William e Gabriel. Mas este quarteto tem mobilidade, onde todos podem atuar em 2 ou até 3 posições. Sem falar que temos Firmino no banco, que pode deixar o time com presença física na área. A defesa une talento, experiência e posicionamento em doses que poucos times podem ofertar.

O rival, tem qualidade. Não se enganem. Bons jogadores e que atuam em grandes equipes do mundo, como Behrami, Xhaka e Shaquiri são perigosos. E a defesa é forte e vai impor dificuldades. A realidade é que o Brasil é favorito, mas precisará transformar isso em volume de jogo e gols.

Messi perde pênalti e Argentina para na Islândia

"La Pulga" não conseguiu levar seu time a vitória...
Não tem jeito: Messi e Cristiano Ronaldo sempre serão comparados. E quando estreia na Copa no dia seguinte ao outro então, as coisas tomam ares poucas vezes vistos. E como o Gajo fez 3 gols no empate contra os espanhóis, o fato de Messi passar em branco e ainda perdendo pênalti, não ajudam em nada. Mesmo que o resultado tenha sido o mesmo, de empate, não tem como negar que o feito de Cristiano fica ainda mais evidenciado quando seu "maior rival" não tem uma grande atuação. 

Messi cobrou 3 faltas, todas ficaram na barreira islandesa. E perde o pênalti. Em lances nos quais Cristiano Ronaldo decidiu. E se levarmos em conta a qualidade dos adversários então, o abismo fica ainda maior. Mas é injusto dizer que Messi jogou mal, uma vez que finalizou 11 vezes e buscou a partida, mas o entorno do time é desastroso, mesmo que tenham jogadores com grande qualidade, mas não uma equipe. O que Portugal nem tem, mas o elenco de apoio é bem pior do que o do argentino. Em suma, nesta primeira rodada, nada ajuda Messi.

Além disso, tivemos isso França 2x1 na Austrália, onde a tecnologia decidiu de forma direta ( e acertada ) nos 3 gols. Ainda vimos a Croácia estrear bem ( 2x0 ) diante de uma apática Nigéria ( para piorar o dia de Messi ), além de uma injustíssima derrota de Peru para a Dinamarca por 1x0, onde Cuevas também perdeu um pênalti.

De bom é que em 3 dias, nada de 0x0. O que já é uma grande notícia... E que Messi e cia se cuidem, porque a Islândia aparenta ser o elo mais fraco do grupo, mas pode vencer a Nigéria e complicar no final até mesmo a classificação dos hermanos, caso não vençam a Croácia...

sábado, junho 16

Já temos uma atuação monstruosa nesta Copa...

Cristiano mostrou que está com fome de bola...

A Copa estava no seu segundo dia, mas a partida era a mais esperada da primeira fase. Porque colocaria em campo uma das favoritas a conquista e o time de Cristiano Ronaldo. A Espanha que trocara de técnico 2 dias antes da estreia precisava jogar bem para manter a confiança em alta. Mas do outro lado existia um tal de Cristiano Ronaldo.

Cristiano está em sua 4 - e talvez última - Copa. Em 2006 era garoto demais e não era a estrela do time que tinha Figo e Deco. Em 2010 comandou um time sem qualidade à classificação para a segunda fase, sendo eliminado justamente pela Espanha. No Brasil, machucado, nada pode fazer. Até ontem, tinha 3 gols em Copas, sempre contra times secundários. Até ontem...

A impressão é que seria Espanha x Cristiano Ronaldo. E foi. Ele fez 3 gols e uma atuação soberba. Fez gols variando a forma e mostrando sua capacidade: mortal na cobrança de pênalti, chutando forte de fora da área ( contando com o frangaço de De Gea ) e cobrando com perfeição uma falta como poucos sabem como ele hoje em dia.

A sua atuação magnifica de ontem, ofuscou todo o restante que houve na partida. Como os 2 gols ( o primeiro um golaço ) de Diego Costa, a pintura de Nacho, a partida soberba de Iniesta ( este em seus últimos jogos em Mundiais ), a fragilidade do elenco de Portugal... nada disso será lembrado, porque a atuação do "Gajo" foi histórica. E detalhe: ele se torna o quarto a marcar gols em 4 Copas, ao lado dos alemães Uwe Seller e Miroslav Klose e um certo Edson Arantes do Nascimento...

Para mostrar a dimensão dele, deixo vocês com a narração de Nuno Matos, da Rádio Antena 1 de Lisboa, um mito da internet. Tente não se arrepiar com a emoção demonstrada:


quarta-feira, junho 13

E a Copa vai começar...

A Copa começa neste belíssimo estádio...
A Copa será na Rússia. Todos sabem disso, mas o que poucos lembram é que a FIFA manobrou para tirar dos ingleses o Mundial deste ano, depois que nasceram denúncias pesadas contra os Dirigentes da entidade ( e da UEFA ) feitas pela imprensa da terra da Rainha. Esta Copa, que parece fora de tudo o que sempre foi, poderia ser em uma terra democrática e com altos valores democráticos, mas não o será. 

Quando a bola rolar amanhã ao meio-dia no gramado do Estádio Luzhniki na Capital Moscou, tudo isso ficará para trás, é claro. Afinal, Copa é um momento único. Vivenciamos isso aqui 4 anos atrás e assim será agora. A Copa é diferente e todos que gostam de Futebol, viverão 30 dias intensos. 

A abertura é meio sem sal, porque os anfitriões nunca foram potência no esporte e o adversário, Arábia Saudita, não ajuda muito. Mas será uma abertura e tem sua atração. No mais, é ver as outras partidas, esperar pelas surpresas e torcer para o Brasil, é claro, e secar os argentinos, que é de lei...


O Brasil em Copas: as boas campanhas

1978, Argentina - Batalha de Rosário terminou em 0x0 e selou finalista daquela Copa
1938, França - Com organização fora de campo, quase a primeira final.
1986, México - A última chance de uma geração termina nos pênaltis.
1950, Brasil - Até 2014 estes homens foram acusados, injustamente, de um imenso fiasco
Depois dos vexames, as boas campanhas que não terminaram em títulos, mas que poderiam ter chegado lá. Antes de falar destes, explicando porque estes entraram e outros não: O Vice de 1998 não entra porque o time era o atual campeão a época ( mesmo motivo porque 2006 e 1974 não entraram ) e o time perdeu uma partida e tomou um vareio na final, já 2010 não é nem fiasco e nem sucesso e 1954 não se encaixa em nenhuma categoria. E por fim, a primeira Copa onde tudo era novidade não pode ser considerada fiasco. Vamos aos bons resultados obtidos pelo Brasil na história das Copas:

1938, França - Organizado dentro e fora de campo, Brasil quase chegava lá.

Depois de duas campanhas frustantes e sem levar o que de melhor tinha a sua disposição, o Brasil enfim levava a Copa uma Seleção digna do nome. Depois de se resolver fora de campo, a CBD pôde finalmente contar com os melhores. Mesmo que um nome ou outro não tenha sido convocado, o time que viajou em condições de fazer uma grande campanha. E de fato fez.

O regulamento era o mesmo da Copa anterior, com mata-mata desde o começo. O Brasil mediu forças com a Polônia e foi um confronto histórico: 6x5 na prorrogação, com direito a gol descalço de Leônidas da Silva. Depois de bater os "polacos", o Brasil mediu forças com a Tchecoslováquia e a partida não foi menos dura: 1x1 no tempo normal e na prorrogação. No jogo desempate, 2x1 de virada. E ai o grande jogo: contra a Itália, então campeá que eliminara a França por 3x1. A partida foi 2x1, sendo que Romeu descontou apenas no final da partida. O lance famoso, contudo, aconteceu quando o jogo estava 1x0: Domingos da Guia derrubou o atacante Piola quando a bola estava no ataque o árbitro marcou penalty, que virou o segundo gol italiano.

Como consolo o time venceria a Suécia por 4x2 terminando em terceiro lugar. De quebra ainda teve o artilheiro em Leônidas com 7 gols. Enfim o Brasil fazia-se presente nos Mundiais. E daria um passo a mais na Copa seguinte, adiada em 8 anos devido a Guerra que explodiria no ano seguinte.

1950, Brasil - Um vice alçado a grande campanha depois dos 7x1.

Quando Obdúlio Varela recebeu de Jules Rimet a taça, o Brasil começou uma perseguição com aqueles 11 jogadores que perderam a Copa dentro do Maracanã. Mas uma coisa não tem como ser apagada: foi uma grande campanha. Depois do terceiro lugar na França 12 anos antes, o Brasil se preparara para vencer a Copa. E passou perto disso. E em 6 partidas, foram 4 vitórias, 1 empate e aquela única derrota. Jogos inesquecíveis com os 7x1 na Suécia ( até hoje maior goleada do Brasil em Copas ) e o 6x1 na Espanha ( com direito a todo o estádio carioca cantando "Touradas em Madri". Teve um empate em 2x2 com a Suíça em São Paulo, onde o técnico Flávio da Costa fez ajustes na escalação, tornado-a mais "paulista".

O fato é que aquele time era muito bom e perdeu um jogo em que foi melhor, mas sofreu 2 apagões. Daquele elenco estelar, apenas 2 jogadores seriam bi-campeões em 1958 e 1962 ( Castilho e Nilton Santos ) e apenas 6 estariam na Copa seguinte, curiosamente disputada na Suíça. Nomes como Zizinho, Danilo, Ademir de Menezes e Moacir Barbosa jamais voltariam a vestir a camisa da Seleção e nunca vestiram a "amarelinha", criada apenas em 1953 depois de um grande concurso.

Até o massacre sofrido no Mineirão, o Maracanazo era o grande fiasco em Copas, injustamente é claro. Com os 7x1 aplicados pela Alemanha os 11 jogadores foram absolvidos. Pena que nenhum deles estavam vivos para receber tal honraria...

1978, Argentina. Numa Copa disputada em uma Ditadura, Brasil se declara Campeão Moral

Quando fala-se da Copa da Argentina, uma coisa sempre vem a mente: os 6x0 que os rivais meteram no Perú ( que só tomara 3 gols uma vez naquela Copa ) que nos tiraram a vaga na Final. Mas teve mais que isso: no intervalo daquela partida, o Ditador Jorge Videla entrou no vestiário peruano. O que ele teria dito? Tenho até medo de pensar. O que se sabe de verdade é que o placar virara 2x0 e terminaria em 6x0. E mais seria se fosse preciso. 

O Brasil chegou aquela Copa sem grande pretensões, com apenas um remanescente do time do Tri ( Rivelino ) e jovens valores ainda não tão brilhantes assim ( Zico, Cerezo e Dirceu ). Mas uma ausência foi sentida demais: Falcão, apenas o melhor jogador do Brasil a época. Ele cobrara Cláudio Coutinho por uma vaga de titular e terminou fora da Copa. Em seu lugar, foi Chicão um volante pra lá de brucutú que entrou em campo só uma vez: em Rosário para marcar Mário Kempes. Deu certo, mas o Brasil não venceu o jogo. E ai foi depender do resultado dos Argentinos contra o Peru.

Eliminado da final, o time ainda foi jogar a decisão do terceiro lugar contra a Itália, numa prévia do que seria a partida de Sarriá, quatro anos mais tarde. Desta vez, contudo, deu Brasil por 2x1, de virada, com direito a um golaço de Dirceu e um petardo espetacular de Nelinho que até hoje não tem explicação.

1986, México - Franca de Platini começa a ser a pedra no sapato

Até 1986, o Brasil tinha enfrentado a França em Copas apenas 1 vez: na semifinal de 1958 e com direito a goleada de 5x2. Mas naquela tarde de Junho, não teve festa para o Brasil. Careca, que fez excelente Copa, abriu o placar em bela jogada coletiva, mas Platini empatou em falha defensiva. Até que Zico, que acabara de entrar, deu um passe mágico para Branco sofrer pênalti de Joel Bats, o goleiro francês. Zico, ainda frio, bateu e perdeu a cobrança, defendida por Bats, que seria carrasco mais a frente. O 1x1 se manteve na prorrogação, com a França mais perto da vitória do que o Brasil. E nos pênaltis a França errou apenas 1 ( com Platini ) enquanto o Brasil perdeu 2 ( Sócrates e Júlio César ).

A Copa que seria de Maradona, marcou a despedida de vários jogadores que tinham perdido para a Itália na Copa anterior, como Zico, Socrátes e Falcão, e de vários novatos dos quais apenas 2 seriam campeões oito anos depois ( parece com 50, não? ): Branco e Muller. A seleção treinada por Telê Santana foi criticado por enfraquecer o elenco ao cortar Renato Gaúcho, descoberto voltando de uma balada, e forçar o corte de Leandro. Além disso o time não foi tão bem quanto em 1982, mas fez boas partidas mesmo assim.

E o pior é pensar que depois desta, tivemos confrontos ainda mais doloridos contra os Azuis...


No Sertão, Armando e Mendonça promovem visitas e encontros com lideranças




Os pré-candidatos a governador e senador pela Frente das Oposições de Pernambuco, Armando Monteiro (PTB) e Mendonça Filho (DEM), respectivamente, visitarão os municípios de Petrolina e Salgueiro, no Sertão do estado. O roteiro inicia a partir desta quinta-feira (14) e segue até o sábado (16). Na agenda, reuniões com entidades civis, produtores, trabalhadores, empresários e encontros com lideranças políticas. O objetivo é ouvir demandas e sugestões para formatação do futuro programa de governo.

O giro começa por Petrolina, nesta quinta. Na “Capital do Sertão”, Armando e Mendonça serão recepcionados pelo prefeito Miguel Coelho e senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), além do deputado federal Fernando Filho (DEM) e lideranças locais. Os compromissos neste dia incluem visita ao Bispo de Petrolina, Dom Francisco Canindé e encontro com produtores e exportadores da fruticultura.

A agenda de Armando e Mendonça no município continua na sexta-feira (15). Os compromissos iniciam, ao lado do prefeito Miguel Coelho e do senador Fernando Bezerra Coelho, a obras da Prefeitura pela manhã e encontro com técnicos da Embrapa, Instituto Federal do Sertão, Univasf e Codevasf. À tarde, a agenda segue com reunião com trabalhadores rurais, no Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município. Em seguida, os pré-candidatos conversarão com empresários ligados à CDL/Sindilojas, concluindo com a abertura oficial do São João de Petrolina.

MAIS AGENDAS – No sábado (16) é a vez dos pré-candidatos seguirem para o Sertão Central. Nessa região, Armando e Mendonça, acompanhados do senador Fernando Bezerra Coelho e parlamentares, participarão de Encontro de Salgueiro com lideranças políticas e sociais, organizado pelo prefeito Clebel Cordeiro (MDB).

sábado, junho 9

O Brasil em Copas: os fiascos

1966: A campanha do "tri" foi um fiasco total...
1990: todos sabem o que acontecerá na sequência...
1934: apenas uma partida e a pior colocação de todos os tempos em Copas
2014: precisa de explicação??
Como definir o que é um fiasco? Para alguns a campanha na Copa de 2014 não pode entrar nesta lista, porque mesmo assim o time ficou entre os 4 melhores, mas o que pode ser pior do que tomar 7x1 - a maior goleada em fase agudas da história das Copas - em casa? Pois é... Vamos aos maiores fiascos da histórias das Copas protagonizadas pelo Brasil.

1934 - Itália. Apenas um jogo e a pior colocação em Copas.

Antes de mais nada, é preciso pontuar algumas coisas: o Brasil vivia uma rixa entre profissionais ( implantado no Brasil apenas 3 anos antes ) e os Amadores. Assim existiam duas entidades que cuidavam do Futebol, uma amadora e outra profissional. Assim sendo, o time que foi, de navio, até a Itália era bem limitado. Apenas uma grande estrela: o diamante negro Leônidas da Silva. No mais era um time formado por cariocas, sobretudo do Botafogo. Outro famoso, não exatamente pelo talento em campo, esteve na Itália: Waldemar de Brito, que 20 anos depois descobriria um tal de Gasolina. Não sabe quem é? Bom, ele é o Pelé. Só isso.

Em Bolonha o time que chegara 3 dias antes não foi páreo para o time espanhol, com vários grandes jogadores e que tinha o mítico Zamora no Gol. Ele pegou um pênalti cobrado com Waldemar de Brito quando estava 1x0 para a Espanha. Num regulamento dos mais estranhos de todos os tempos, era mata-mata desde o começo. E com o 3x1 aquele time deu adeus e ficou em 14º lugar entre 16 times. Que se coloque que até agora, em 2 Copas o Brasil tinha 3 jogos e 2 derrotas e só vencera a Bolívia... estava longe de ser uma potência. O que começaria a mudar na Copa seguinte... mas isso é outra história.

1966 - Inglaterra. O que seria a Campanha do tri, virou uma desastre desde a preparação.

Na Copa de 1958, João Havelange deixara a preparação do time que foi a Suécia nas mãos de Paulo Machado de Carvalho. Deu certo e foi mantido em 1062 no Chile. Só que para 1966, em pleno início do Regime Militar, Havelange quis mostrar que poderia ser ele o comandante. Trouxe Vicente Feola de volta ao comando do time e acertou uma verdadeira romaria de preparação, que incluía 6 sedes, antes de ir para a Inglaterra onde o Brasil tornaria-se o primeiro tri.

Pois é, nada deu certo. Primeiro porque ele quis agradar todos os times e com isso foram convocados 44 jogadores!!!! Sim, 4 times foram formados, que receberam como nome as cores da bandeira: branco, amarelo, azul e verde. As crises internas e a dúvida sobre quem iria para Copa criaram um clima ruim. Na hora de cortar, poucos tiveram coragem de assumir quem iria. Assim gente como Carlos Alberto Torres foram cortados e jogadores medíocres fora pra Copa. Além disso formou-se um time sem nexo, com os veteranos do bi ( Gilmar, Orlando, Zito, Djalma Santos e Garrincha ) e uma nova fornada de grandes jogadores ( Tostão, Gersón e Jairzinho ), além de perebas como Fidelis, Paraná e cia. Não deu Liga. Apenas uma vitória ( Bulgária ) e duas derrotas por 3x1 ( Hungria e Portugal ).

1990 - Bagunça tática, e na preparação, fazem o Brasil passar vergonha na Itália.

Copa América de 1989, Salvador. Na primeira fase o Brasil sofre demais, vê bandeiras sendo queimadas e 2 empates seguidos em 0x0 com Peru e Colômbia vê em risco até a classificação. Até que um jogo em Recife e 2 gols de Bebeto mudam tudo. O que isso tem a ver com o fiasco na Copa um ano depois? Tudo, porque foi nesta virada de rumo que o então Técnico Sebastião Lazaroni firmou-se no cargo e, assim como aconteceria com os times campeões das Copas das Confederações recentes, fechou o elenco com aqueles que lhe foram "leais". Parece com o Dunga em 2010, certo? 

Lazaroni também fechou o esquema, com líbero na pessoa de Mauro Galvão que só atuava assim na Seleção. As vitórias, ainda em 1989, contra Holanda ( então campeã Europeia ) e Itália ( país sede ) deram uma falsa impressão de tudo estava ótimo. Não estava. A grave contusão de Romário seria bem sentida, bem como a queda de ritmo de Silas. Ainda teve uma foto em que os jogadores cobriram o logo da Pepsi, então patrocinadora, por uma desavença no valor que estava sendo negociado pela conquista da Copa. E isso ainda no Brasil. Perdemos para um combinado da Umbria, região da Itália onde o Brasil ficou sediado, para compor ainda mais o cenário.

Uma primeira fase sem graça, onde Miller fez dupla de ataque com o ótimo Careca. 3 vitórias que pareciam colocar o time no caminho do Tetra. Parecia... Tudo ruiu diante da frágil Argentina, que quase não se classificara em seu grupo. Lembra 1982 né? Bastou um lampejo de Don Diego para que o Brasil fizesse sua pior participação em Copas fora 1934, considerando colocação final, ou 1966 em termos de produção em campo. Dunga seria o símbolo do fiasco e ainda perderia a chance de mostrar dignidade e espírito esportivo 4 anos depois. Mas isso é outra história...

2014 - A mãe de todas as vergonhas. 

Esta frase foi dita por, longos e penosos, 64 anos para se referir à derrota na final da Copa de 1950 para o Uruguai por 2x1. Mas em 2014 aqueles grandes jogadores de 1950 foram libertados, porque perto do 7x1 que tomamos no Mineirão aquela derrota virou uma conquista. Não irei deter-me muito sobre o fiasco, até porque está bem vivo na memória de todos, mesmo que muitos queiram fazer de conta que ele já está superado. Não está e nem nunca será...

O Brasil em Copas

Este gol quase representava um tetra na Espanha em 1982

Esta será a 21ª Copa da História. Só o Brasil esteve em todas. Quem chega mais perto são os alemães ( 19 ) e a Itália ( 18 ). Só isso já nos colocaria acima dos outros, mesmo que não tivéssemos 5 conquistas. Assim sendo farei um apanhado de todas as campanhas, separado-as em 3 posts: os 5 títulos ( 58, 62, 70, 94 e 2002 ) mais a mítica campanha de 82. As boas campanhas, como as de 50, 74 e 78, e os fiascos como em 66, 34, 90 e 2014 ( sim, fiasco ).

Irei começar pelos fiascos, em um post mais tarde. Espero que gostem.

domingo, junho 3

Com a maturidade você percebe que tem mais em Copas do que o Brasil

Um dos grandes momentos das Copas...
Toda criança já foi vítima do vírus do Pachequismo. Aquele pensamento de que em toda Copa o Brasil é favorito e que se não venceu foi por falhas e culpas nossas, nunca pelo mérito dos rivais. Os pachecos ( termo cunhado por um personagem de um propaganda da Gillete para a Copa da Espanha em 1982 ), são pessoas que não enxergam nada em uma Copa do Mundo que não seja o Brasil. E existem, desde 1998, outras 31 times na Copa, cada um com suas qualidades e também defeitos.

Até 1986 eu era um Pacheco nato. Não via nada em outros times, ignorei que a França era a campeã europeia de então. Não acompanhei a mágica de Maradona como deveria. Ao menos me apaixonei com a Bélgica de Pffaf e cia. A partir da Copa da Itália, em 1990, eu vi a Copa com outros olhos, embora a Copa tenha sido a pior de todos os tempos, ainda teve coisas boas: Camarões de Millá e Obam-Byik, a Romênia de Hagi e o bom time da Iugoslávia, com um penca de grandes jogadores. Isso sem falar da Costa Rica, que encantou um bocado. Pena que os times que foram longe era quase todos sem sal.

Veio então a primeira Copa em que comemorei um título ( nasci em 1974 ), num Mundial fraco, mas melhor do que o anterior. O Brasil fez uma campanha fraca, sendo a pior dentro todas as 5 campeãs, onde a falta de talento era evidente. Alguns bons times apareceram, como a Bulgária do Stoitchkov e cia ( do inesquecível zagueiro Trifon Ivanov, que nos deixou em 2016 ), ou da Suécia do goleiro Ravalli ( e que foi o calo do Brasil ), além das grandes atuações da Romênia de Hagi ( metendo 3x2 na Argentina ) ou da boa Holanda de Bergkamp e cia. Foi uma Copa de grandes imagens, algumas delas que jamais esqueceremos. 

Em 1998, ano em que Ronaldo jogou uma cortina de fumaça em cima da final com sua convulsão e a estranha presença na partida contra a França, eu vivenciei um momento lindo:  ver a Croácia destronar com requintes de crueldade a Alemanha envelhecida e com mal futebol. O 3x0 não retratou o massacre que foi a partida, como a seleção dos Balcãs passava por cima dos germânico sem dó nem piedade. Foi mágico e eles quase chegavam a final, não fossem 2 gols surreais marcados pelo lateral Thuram na semifinal. Afora o time da camisa xadrez, teve a ótima Holanda mais uma vez parando no Brasil, depois de eliminar a Argentina com um dos gols mais famosos das Copas, o valente time do Paraguai e sua defesa quase intransponível que somente no tempo extra foi vazada. Mas até hoje eu sei exatamente quanto aqueles 3 gols Croatas me deixaram alegre naquele dia...

Enfim, o meu pachequismo tinha ido embora. Eu passei a curtir as Copas, ver os jogos, analisar e buscar grandes histórias. Que até diminuiriam desde então, porque a Coreia do Sul em 2002 chegou por ser dona da casa e inacreditáveis erros de arbitragem a favor, enquanto que a Turquia não se destacava com bom futebol. Em 2006 não apareceram times fora da ordem e a final foi bem chata, embora pudesse cita Portugal. Que chegou perto, ao eliminar Holanda e Inglaterra, ma eram vice da Euro. Em 2010 a Espanha era pule de 10 para ser campeã e o Uruguai não é exatamente uma surpresa como as citadas. Em 2014 tivemos Colômbia e Costa Rica com suas melhores campanhas, com os cafeteros conseguindo ter o artilheiro e um dos melhores jogadores da Copas. Mas nada que superasse aquela Croácia mítica...  

Para esta Copa, em especial existem alguns times candidatos a surpresa. E eu estarei a espreita deles. Assistir a Copa sem o foco exclusivo no Brasil tem destas vantagens. E é o que recomendo a todos. Fica bem melhor. E se o Brasil vencer, melhor. Se não, o estresse será menor.

Brasil encara Croácia de olho na estreia da Copa

Amistoso inverte o ocorrido para 2014...
Quando uma seleção vai encarar um time da região dos Balcãs na Copa, logo acerta um amistoso com outro time da região. Assim sendo, tem toda lógica que o Brasil encare, neste domingo, o time croata pensando na estreia contra a Sérvia, invertendo o que fizera para 2014, quando encarou os sérvios para se preparar para o confronto diante dos Croatas.

Hoje Neymar ficará no banco mas entrará no segundo tempo para ganhar ritmo. Espero que Tite teste, de fato, alternativas de jogo nestas 2 partidas ( ainda encara a Áustria em Viena antes de rumar para Sochi, onde será a base da Seleção na Copa.

Retomando...

Depois de uma longa hibernação ( coisa de Urso, símbolo da Copa da Russia ), o Blog volta às atividades. Inicialmente, em um ritmo mais lento, mas pretendo acelerá-lo aos poucos. 

Com a cobertura da Copa pretendo falar sobre os jogos do Brasil e as principais partidas, com textos curtos mas incisivos. Como todos os que me seguiam gostas e estavam com saudades.