domingo, junho 27

Depois da Sessão de Sexta, o assunto da semana será o Covaxingate

Deputado Luiz Miranda fez pesada acusação...

 

Quando o Deputado Luiz Miranda ( DEM-DF ) informou em uma conversa privada que iria "implodir" a Republica, ele certamente sabia o que falava. Na Sessão de sexta, ele trouxe a tona, ao lado de seu irmão Luiz Ricardo que é servidor de carreira no Ministério da Saúde, denuncia que pode - pelo menos - causar muita dor de cabeça ao Governo Bolsonaro.

Primeiro tomamos conhecimento do que significam "invoices", que são como Notas Ficais internacionais, documentos cruciais em importações. Depois que existiram 3 versões do mesmo documento acerca da compra de Vacinas Covaxin, da empresa Indiana Barath Biotech, com erros curiosos, para ser polido. Erros desde valor, quantidade, prazo até chegar no que é mais suspeito: antecipação não prevista em contrato, e para ser creditado para um terceira empresa, a Madison Biotech, sediada em um paraíso fiscal. Coisas, pelo menos, suspeitas.

O irmão do Deputado, Luiz Ricardo, disse que recebeu diversas ligações de seu chefes imediatos cobrando a liberação do documento que garantiria a importação do imunizante. E ele argumenta que não daria, porque eram vários os impedimentos, um deles o prazo de validade do lote ( que venceria em Abril ) e a não autorização da ANVISA. Aqui cabe lembrar que o Presidente Bolsonaro dissera diversas vezes que somente compraria Vacinas com aprovação da Agência. Não era o caso da Covaxin.

Diante das pressões, o servidor manteve conversas com o com Deputado. E num sábado, dia 20 de março, eles foram até o Presidente. E que convenhamos: o Deputado tinha cartaz, porque não é todo mundo que vai até o Alvorada para reunir-se com o presidente, sobretudo num sábado. E foi que, segundo Luiz Mirada, o Presidente lhe disse o nome de um Deputado que estaria envolto no rolo, logo depois de Luiz explanar sobre os indícios nada republicanos. Durante a Sessão o Deputado tentou de todas as formas evitar o nome, mas quando a Senadora Simone Tebet lhe interpelou ele entregou o nome: Ricardo Barros, atual líder do Governo na Câmara dos Deputados. Abaixo o vídeo do momento:


Então, os Senadores passaram a unir os pontos soltos. O primeiro deles o fato de que foi Ricardo Barros quem apresentou Emenda a um projeto votado depois de insistência do Senador Randolfe Rodrigues, visando acelerar aquisição do imunizante da Pfizer. A Emenda previa que a Agência Reguladora da Índia entrasse na lista das Agências internacionais que passariam a contar para liberação de importação de Vacinas. A segunda é que Ricardo Barros tem envolvimento com a Precisa Medicamentos, justamente a empresa que intermediava o negócio com os indianos.

Segundo Luiz Miranda, o Presidente informou que enviaria os detalhes recebidos para a Polícia Federal para que tudo fosse 100% esclarecido. Acontece que, ao que consta, isso não foi feito. Segundo versão - a segunda apresentada - o Presidente acionou o Ministro Eduardo Pazuello ( que sairia no dia 23/03 ). Logo como Pazuello conseguiu isso no domingo e na segunda, se na terça o Ministro já era Marcelo Queiroga? Além disso, sabendo que Ricardo Barros estaria envolvido, como o Presidente o manteve - até agora - como seu líder? E porque raios, Onyx Lorenzoni disse que somente agora é que seria feita uma investigação, e mesmo assim com o foco no servidor que denunciara o suposto esquema?

Por fim é preciso pontuar que o Servidor Luiz Ricardo evitou a importação direta e o pagamento da antecipação de 45 milhões de dólares, por meio da Madison Biotech, Embora uma outra servidora, a gestora do contrato tenha dado andamento, até agora nenhuma vacina chegou ao Brasil. E o próprio Luiz Ricardo seguiu no cargo que ocupa, tanto que na sexta chegara dos EUA onde fora buscar as doses do imunizante da Jansen, doados pelo Governo Biden.

Agora nesta semana o Governo precisará - kkkkkk - explicar muita coisa. Mas dado como age o presidente, não devemos esperar nada além de agressões aos membros da Imprensa que perguntarem, sobretudo se forem mulheres. Abaixo, arremato com um momento cômico da Sessão de Sexta, quando o Senador Marcos Rogério ficou sem fala quando sugeriu saber a motivação de Luiz Miranda:

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