Dilma, a Copa e Blatter... |
Quando, no distante ano de 2007, o Brasil foi o único a se candidatar a sediar a Copa da América do Sul ( pelo sistema de rodízio caberia a uma das 10 nações do continente filiadas a FIFA organizá-la ) fez-se um grande estardalhaço, sobretudo pelo Governo do então presidente Lula, de que isso seria um grande feito e demonstração do "novo" Brasil. Além disso ouvimos abertamente que a Copa seria o indutor de pesados investimentos em mobilidade urbana e modernização dos aeroportos. Mas eu me lembro de outra: que o dinheiro gasto seria praticamente todo feito pela iniciativa privada.
Se você faz parte do grupo de ingênuos a terem acreditado em Lula e em Ricardo Teixeira ( o então presidente da CBF ), me desculpe mas você é quase um idiota. Passados quase 7 anos daquele dia em Zurique na Suíça, eis que o Brasil se vê em vias de passar vergonha internacional. Aliás já estamos, pois somos o mais atrasado de todos os tempos com as obras nos estádios ( 4 ainda não estão prontos ). Mas apenas o estádios ficarão prontos. Lembram-se do tal legado?
Pois é, ele foi abandonado. Diversas cidades sequer tiveram obras realizadas nos seus aeroportos. Isso em cidades que possuem um Internacional. Natal que não possui, ficou sem o seu, que só estará pronto, na melhor das hipóteses, em 2016. Os Portos, que seriam outra excelente forma de receber os visitantes, também não ficaram prontos ( mas um em Cuba foi até inaugurado ). Que tal ao menos as obras de mobilidade urbana? Também não estarão prontas até o fim da Copa. Sendo assim, pra serviu a Copa?
Para doar um estádio pro Corinthians, assim como reformar os de Atlético-PR e o do Internacional. Além de criar 4 elefantes brancos pelo Brasil afora ( Brasília, Natal, Cuiabá e Manuas ), cidades onde a média de público é quase nula - exceção a capital potiguar ). Estádios financiados pelo BNDES, que recebe recursos do Tesouro Nacional, portanto de nossos impostos. E quando os impostos não são suficientes, o Governo contrai empréstimos a taxa de 10% ao ano ( ou superior ) e empresta a 2% ao ano. A diferença acho não preciso dizer quem paga, não é mesmo?
Com base em pesquisas de opinião, o Planalto mudou o discurso de legado para o "Copa das Copas", pois percebeu que o povo não iria engolir que houvera uma revolução nas cidades. Por isso Dilma usou o termo cunhado por Nizan Guanaes para agradar o povo no sorteio da Copa na Costa do Sauipe. Sendo assim, agora não se fala mais em legado pois é óbvio que o mesmo não existe e sim que iremos realizar a "melhor Copa de todos os tempos".
E assim somem diversas irregularidades ocorridas durante a construção dos estádios e permanentemente apontadas pelo TCU ( Tribunal de Contas da União ), que é duramente criticado pela Presidente. Sem as mudanças prometidas a Copa não interessaria ao Brasil. E o que vai sobrar de proveitoso será somente a Copa em si, porque a conta está e será pesada pelos próximos anos. E ainda tem Olimpíada em 2016...
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