1978, Argentina - Batalha de Rosário terminou em 0x0 e selou finalista daquela Copa |
1938, França - Com organização fora de campo, quase a primeira final. |
1986, México - A última chance de uma geração termina nos pênaltis. |
1950, Brasil - Até 2014 estes homens foram acusados, injustamente, de um imenso fiasco |
Depois dos vexames, as boas campanhas que não terminaram em títulos, mas que poderiam ter chegado lá. Antes de falar destes, explicando porque estes entraram e outros não: O Vice de 1998 não entra porque o time era o atual campeão a época ( mesmo motivo porque 2006 e 1974 não entraram ) e o time perdeu uma partida e tomou um vareio na final, já 2010 não é nem fiasco e nem sucesso e 1954 não se encaixa em nenhuma categoria. E por fim, a primeira Copa onde tudo era novidade não pode ser considerada fiasco. Vamos aos bons resultados obtidos pelo Brasil na história das Copas:
1938, França - Organizado dentro e fora de campo, Brasil quase chegava lá.
Depois de duas campanhas frustantes e sem levar o que de melhor tinha a sua disposição, o Brasil enfim levava a Copa uma Seleção digna do nome. Depois de se resolver fora de campo, a CBD pôde finalmente contar com os melhores. Mesmo que um nome ou outro não tenha sido convocado, o time que viajou em condições de fazer uma grande campanha. E de fato fez.
O regulamento era o mesmo da Copa anterior, com mata-mata desde o começo. O Brasil mediu forças com a Polônia e foi um confronto histórico: 6x5 na prorrogação, com direito a gol descalço de Leônidas da Silva. Depois de bater os "polacos", o Brasil mediu forças com a Tchecoslováquia e a partida não foi menos dura: 1x1 no tempo normal e na prorrogação. No jogo desempate, 2x1 de virada. E ai o grande jogo: contra a Itália, então campeá que eliminara a França por 3x1. A partida foi 2x1, sendo que Romeu descontou apenas no final da partida. O lance famoso, contudo, aconteceu quando o jogo estava 1x0: Domingos da Guia derrubou o atacante Piola quando a bola estava no ataque o árbitro marcou penalty, que virou o segundo gol italiano.
Como consolo o time venceria a Suécia por 4x2 terminando em terceiro lugar. De quebra ainda teve o artilheiro em Leônidas com 7 gols. Enfim o Brasil fazia-se presente nos Mundiais. E daria um passo a mais na Copa seguinte, adiada em 8 anos devido a Guerra que explodiria no ano seguinte.
1950, Brasil - Um vice alçado a grande campanha depois dos 7x1.
Quando Obdúlio Varela recebeu de Jules Rimet a taça, o Brasil começou uma perseguição com aqueles 11 jogadores que perderam a Copa dentro do Maracanã. Mas uma coisa não tem como ser apagada: foi uma grande campanha. Depois do terceiro lugar na França 12 anos antes, o Brasil se preparara para vencer a Copa. E passou perto disso. E em 6 partidas, foram 4 vitórias, 1 empate e aquela única derrota. Jogos inesquecíveis com os 7x1 na Suécia ( até hoje maior goleada do Brasil em Copas ) e o 6x1 na Espanha ( com direito a todo o estádio carioca cantando "Touradas em Madri". Teve um empate em 2x2 com a Suíça em São Paulo, onde o técnico Flávio da Costa fez ajustes na escalação, tornado-a mais "paulista".
O fato é que aquele time era muito bom e perdeu um jogo em que foi melhor, mas sofreu 2 apagões. Daquele elenco estelar, apenas 2 jogadores seriam bi-campeões em 1958 e 1962 ( Castilho e Nilton Santos ) e apenas 6 estariam na Copa seguinte, curiosamente disputada na Suíça. Nomes como Zizinho, Danilo, Ademir de Menezes e Moacir Barbosa jamais voltariam a vestir a camisa da Seleção e nunca vestiram a "amarelinha", criada apenas em 1953 depois de um grande concurso.
Até o massacre sofrido no Mineirão, o Maracanazo era o grande fiasco em Copas, injustamente é claro. Com os 7x1 aplicados pela Alemanha os 11 jogadores foram absolvidos. Pena que nenhum deles estavam vivos para receber tal honraria...
1978, Argentina. Numa Copa disputada em uma Ditadura, Brasil se declara Campeão Moral
Quando fala-se da Copa da Argentina, uma coisa sempre vem a mente: os 6x0 que os rivais meteram no Perú ( que só tomara 3 gols uma vez naquela Copa ) que nos tiraram a vaga na Final. Mas teve mais que isso: no intervalo daquela partida, o Ditador Jorge Videla entrou no vestiário peruano. O que ele teria dito? Tenho até medo de pensar. O que se sabe de verdade é que o placar virara 2x0 e terminaria em 6x0. E mais seria se fosse preciso.
O Brasil chegou aquela Copa sem grande pretensões, com apenas um remanescente do time do Tri ( Rivelino ) e jovens valores ainda não tão brilhantes assim ( Zico, Cerezo e Dirceu ). Mas uma ausência foi sentida demais: Falcão, apenas o melhor jogador do Brasil a época. Ele cobrara Cláudio Coutinho por uma vaga de titular e terminou fora da Copa. Em seu lugar, foi Chicão um volante pra lá de brucutú que entrou em campo só uma vez: em Rosário para marcar Mário Kempes. Deu certo, mas o Brasil não venceu o jogo. E ai foi depender do resultado dos Argentinos contra o Peru.
Eliminado da final, o time ainda foi jogar a decisão do terceiro lugar contra a Itália, numa prévia do que seria a partida de Sarriá, quatro anos mais tarde. Desta vez, contudo, deu Brasil por 2x1, de virada, com direito a um golaço de Dirceu e um petardo espetacular de Nelinho que até hoje não tem explicação.
1986, México - Franca de Platini começa a ser a pedra no sapato
Até 1986, o Brasil tinha enfrentado a França em Copas apenas 1 vez: na semifinal de 1958 e com direito a goleada de 5x2. Mas naquela tarde de Junho, não teve festa para o Brasil. Careca, que fez excelente Copa, abriu o placar em bela jogada coletiva, mas Platini empatou em falha defensiva. Até que Zico, que acabara de entrar, deu um passe mágico para Branco sofrer pênalti de Joel Bats, o goleiro francês. Zico, ainda frio, bateu e perdeu a cobrança, defendida por Bats, que seria carrasco mais a frente. O 1x1 se manteve na prorrogação, com a França mais perto da vitória do que o Brasil. E nos pênaltis a França errou apenas 1 ( com Platini ) enquanto o Brasil perdeu 2 ( Sócrates e Júlio César ).
A Copa que seria de Maradona, marcou a despedida de vários jogadores que tinham perdido para a Itália na Copa anterior, como Zico, Socrátes e Falcão, e de vários novatos dos quais apenas 2 seriam campeões oito anos depois ( parece com 50, não? ): Branco e Muller. A seleção treinada por Telê Santana foi criticado por enfraquecer o elenco ao cortar Renato Gaúcho, descoberto voltando de uma balada, e forçar o corte de Leandro. Além disso o time não foi tão bem quanto em 1982, mas fez boas partidas mesmo assim.
E o pior é pensar que depois desta, tivemos confrontos ainda mais doloridos contra os Azuis...
1950, Brasil - Um vice alçado a grande campanha depois dos 7x1.
Quando Obdúlio Varela recebeu de Jules Rimet a taça, o Brasil começou uma perseguição com aqueles 11 jogadores que perderam a Copa dentro do Maracanã. Mas uma coisa não tem como ser apagada: foi uma grande campanha. Depois do terceiro lugar na França 12 anos antes, o Brasil se preparara para vencer a Copa. E passou perto disso. E em 6 partidas, foram 4 vitórias, 1 empate e aquela única derrota. Jogos inesquecíveis com os 7x1 na Suécia ( até hoje maior goleada do Brasil em Copas ) e o 6x1 na Espanha ( com direito a todo o estádio carioca cantando "Touradas em Madri". Teve um empate em 2x2 com a Suíça em São Paulo, onde o técnico Flávio da Costa fez ajustes na escalação, tornado-a mais "paulista".
O fato é que aquele time era muito bom e perdeu um jogo em que foi melhor, mas sofreu 2 apagões. Daquele elenco estelar, apenas 2 jogadores seriam bi-campeões em 1958 e 1962 ( Castilho e Nilton Santos ) e apenas 6 estariam na Copa seguinte, curiosamente disputada na Suíça. Nomes como Zizinho, Danilo, Ademir de Menezes e Moacir Barbosa jamais voltariam a vestir a camisa da Seleção e nunca vestiram a "amarelinha", criada apenas em 1953 depois de um grande concurso.
Até o massacre sofrido no Mineirão, o Maracanazo era o grande fiasco em Copas, injustamente é claro. Com os 7x1 aplicados pela Alemanha os 11 jogadores foram absolvidos. Pena que nenhum deles estavam vivos para receber tal honraria...
1978, Argentina. Numa Copa disputada em uma Ditadura, Brasil se declara Campeão Moral
Quando fala-se da Copa da Argentina, uma coisa sempre vem a mente: os 6x0 que os rivais meteram no Perú ( que só tomara 3 gols uma vez naquela Copa ) que nos tiraram a vaga na Final. Mas teve mais que isso: no intervalo daquela partida, o Ditador Jorge Videla entrou no vestiário peruano. O que ele teria dito? Tenho até medo de pensar. O que se sabe de verdade é que o placar virara 2x0 e terminaria em 6x0. E mais seria se fosse preciso.
O Brasil chegou aquela Copa sem grande pretensões, com apenas um remanescente do time do Tri ( Rivelino ) e jovens valores ainda não tão brilhantes assim ( Zico, Cerezo e Dirceu ). Mas uma ausência foi sentida demais: Falcão, apenas o melhor jogador do Brasil a época. Ele cobrara Cláudio Coutinho por uma vaga de titular e terminou fora da Copa. Em seu lugar, foi Chicão um volante pra lá de brucutú que entrou em campo só uma vez: em Rosário para marcar Mário Kempes. Deu certo, mas o Brasil não venceu o jogo. E ai foi depender do resultado dos Argentinos contra o Peru.
Eliminado da final, o time ainda foi jogar a decisão do terceiro lugar contra a Itália, numa prévia do que seria a partida de Sarriá, quatro anos mais tarde. Desta vez, contudo, deu Brasil por 2x1, de virada, com direito a um golaço de Dirceu e um petardo espetacular de Nelinho que até hoje não tem explicação.
1986, México - Franca de Platini começa a ser a pedra no sapato
Até 1986, o Brasil tinha enfrentado a França em Copas apenas 1 vez: na semifinal de 1958 e com direito a goleada de 5x2. Mas naquela tarde de Junho, não teve festa para o Brasil. Careca, que fez excelente Copa, abriu o placar em bela jogada coletiva, mas Platini empatou em falha defensiva. Até que Zico, que acabara de entrar, deu um passe mágico para Branco sofrer pênalti de Joel Bats, o goleiro francês. Zico, ainda frio, bateu e perdeu a cobrança, defendida por Bats, que seria carrasco mais a frente. O 1x1 se manteve na prorrogação, com a França mais perto da vitória do que o Brasil. E nos pênaltis a França errou apenas 1 ( com Platini ) enquanto o Brasil perdeu 2 ( Sócrates e Júlio César ).
A Copa que seria de Maradona, marcou a despedida de vários jogadores que tinham perdido para a Itália na Copa anterior, como Zico, Socrátes e Falcão, e de vários novatos dos quais apenas 2 seriam campeões oito anos depois ( parece com 50, não? ): Branco e Muller. A seleção treinada por Telê Santana foi criticado por enfraquecer o elenco ao cortar Renato Gaúcho, descoberto voltando de uma balada, e forçar o corte de Leandro. Além disso o time não foi tão bem quanto em 1982, mas fez boas partidas mesmo assim.
E o pior é pensar que depois desta, tivemos confrontos ainda mais doloridos contra os Azuis...
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