quarta-feira, novembro 19

Jogos Olímpicos Rio 2016: o que vem por ai...

No papel, tudo bonito, mas na prática...

Este blog caminha para completar um ano. E fora as eleições, o grande assunto foi a Copa no Brasil. Apontei os graves erros na condução do processo e criei até um termo de que reproduzido por canais de TV: Copa da Gambiarra. E foi mesmo. Duvidam? O estádio do Palmeiras, que será inaugurado hoje, recebeu todo tipo de fiscalização pensável e quase não era aberto agora em 2014. Se tal rigor tivesse sido aplicado aos estádios da Copa, quase a metade seria vetado. Além disso temos ai, como antecipado por muitos, elefantes brancos espalhados pelo Brasil, com destaque para o cesto de palha de Manaus, o Nacional de Brasília e, menor proporção, a Arena das Dunas. São obras que custaram caro ( o Nacional deve ter custado algo em torno de 2 bilhões ) e que agora, como sempre fora dito, são "elefantes brancos". Exceto aos 3 estádios particulares usados na Copa ( Itaquerão, Arena da Baixada e Beira-Rio ), apenas o Mineirão - por causa do Cruzeiro e eventualmente do Atlético - tem lotação considerada boa. Até o Maracanã, que serve a 3 times tem média de público pequena. Ok, isso deve-se ao fato de ter sido privatizado, assim como todos os outros públicos foram. Aliás, se era pra privatizar, porque não ter feito isso antes? Boa pergunta, que ficará para sempre sem resposta... Adiante.

Agora temos os Jogos Olímpicos, daqui a pouco menos de 2 anos. Pra variar, pouco menos de 20% das obras estão dentro do cronograma, lembrando bem a Copa. Mas aqui é Brasil. Assim como na Copa, diversas obras apresentadas como "legado" já foram descartadas, destacando-se dentre elas a despoluição da Baia a Guanabara. Quando o Brasil se apresentou como país candidato, essa obra era o cerne de uma mudança permanente da qual se aproveitaria com a realização dos Jogos. Já ficou só no papel. Essa é apenas uma, de muitas. Também não para não citar a destruição final do Autódromo Internacional Nelson Piquet. Que fora - desnecessariamente - mutilado para o Panamericano de 2007. Agora foi aniquilado, sem que outro fosse construído. Detalhe: o Brasil corre riscos de em um futuro não distante ficar em piloto da Fórmula 1 e estamos destruindo nossas pistas conhecidas por sua excelência de formadores de pilotos. Adiante.

Vejo hoje, no UOL, duas matérias sobre o tema, as quais destaco aqui:
  • RJ manda atletas 'desalojados' treinarem em estádio em obras. Onde os nossos abnegados atletas tentam, sabe-se lá como, competir com decência, mas não encontram onde... Como se nossas autoridades não fossem capaz de, sequer, prever que isso fosse acontecer;
  • Suspense, roubo e contradição. Remontagem de velódromo do Rio vira novela. A cidade do Rio de Janeiro não tinha um Velódromo, local para competições de Ciclismo, uma total falta de planejamento esportivo, mas aqui é o Brasil, como sabem. Pois bem, para o Panamericano foi construído um, com direito a piso de madeira de pinho siberiano, que seria o "top" dos pisos. Além disso foi feito algo maior do que o necessário para a competição. A justificativa? O mesmo atenderia às exigências do COI e - ATENÇÃO - caso o Brasil fosse sediar uma olimpíada, não seria necessário fazer qualquer reforma. Acontece que a primeira coisa que o Comitê da Campanha fez foi prever um NOVO Velódromo. Porque? Ora pois, uma Olimpíada não é um evento qualquer e precisa-se do melhor para atender as 5 mil pessoas que normalmente aparecem no evento. O do Pan só tinha capacidade para 1,5 mil pessoas, além de - ATENÇÃO - possuir duas colunas estruturais dentro dele, tomando visão das pessoas. Custo do primeiro foi de 14 milhões. Já o segundo... custo estimados de 145 milhões. Parece piada, não é mesmo?
Assim caminha o Brasil. O Ministério do Esporte na gestão petista fica a carga do PC do B. Tenho - e não nego - sérias restrições ao partido, que tem nomeado para a pasta pessoas totalmente estranhas ao mundo esportivo, usando o Ministério para - como quase todos os outros o são - para acomodar apaniguados da estrutura partidária, sem usar a pasta para remodelar o esporte ou ao menos produzir melhoras pequenas. Em nada - reitero em nada - o Esporte brasileiro beneficiou-se com o PC do B no comando da pasta. E nem irá fazê-lo com os próximos 4 anos.

Além do mais, enquanto Londres teve Sebastian Coe como Chefe do Comitê local nós teremos Aldo Rebelo... Assim não tem como pensar em nada de bom. Até porque já vimos como ele se saiu na Copa. Porque seria diferente nas Olimpíadas?


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