Como se a nossa gasolina já não fosse uma das mais cara do mundo... |
O Brasil é um país engraçado, com certeza. Temos uma reserva de petróleo dentre as maiores do mundo ( segundo o Governo, é claro ), mas nossa Gasolina não baixa um centavo sequer. E hoje matéria da Folha de SP mostra que um Diretor da Estatal chama de imprescindível o aumento do preço dos combustíveis, para reduzir o seu endividamento.
Ai aparecem, de cara, 3 problemas. Um mais grave que o outro, a saber:
- O Governo nega que a Petrobrás passe por dificuldades, dizendo que a empresa está mais forte do que nunca. O grave neste ponto é: empresas fortes não precisam aumentar seus preços para "diminuir" dívidas, simplesmente porque elas não deveriam existir, certo?
- Com os tais recordes de produção de petróleo no pré-sal, deveríamos esperar que a empresa conseguisse era aumentar seu faturamento, porque com mais produto a tendência seria que o preço baixasse. É assim em qualquer setor da economia quando existe ( ou imaginasse existir ) mais oferta do que demanda. Estranho não?
- Por fim, temos o pior: com o eventual aumento dos preços, a inflação vai manter-se reticente, forte e com um viés de alta. Além disso, por ser ano eleitoral, o Governo tende a conceder - se o fizer é prudente dizer - um aumento menor do que o necessário, apenas maquiando o problema, afinal aumento de gasolina é altamente impopular. Sendo assim, tudo tende a permanecer esperando para explodir em 2015, no colo do próximo presidente.
E eu acrescento outra informação importante contida na matéria da Folha: uma empresa que vivesse um grande momento, com tudo em ordem e fazendo altos investimentos não deveria estar realizando um PDV ( Programa de Desligamento Voluntário ) para reduzir seus quadros, creio eu. Se minha empresa está ( como diz o Governo ) sem dividas, sendo bem administrada e com investimentos seguros para os próximos anos, porque é que eu iria demitir funcionários? O correto, não seria contratar mais?
Enfim, prepare-se o bolso. Andar de veículos vai ficar mais caro.
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