quarta-feira, novembro 19

45 anos do Milésimo Gol do Rei


19 de Novembro de 1969. Maracanã, Rio de Janeiro. Santos e Vasco da Gama jogam pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, conhecido com "Robertão". Pelé já era um mito, recebido por reis, rainhas, presidentes e todo tipo de autoridade. Já até parara uma guerra na África. Vencera duas copas ( começando na reserva da primeira e ficando no banco - por contusão - na segunda ). Fora cassado em Liverpool pelos zagueiros búlgaros e, sobretudo, portugueses. Com o Santos vencera tudo o que era possível ser conquistado, humilhava todos os rivais do peixe e tornara o pai deste blogueiro um santista convicto. O que por tabela, tornou-me também.

Pelé já tinha tudo o que podia ser alcançado, medido e conquistado. Mas queria e conquistaria ainda mais. Naquele dia 19 ele virou, digamos assim, uma lenda ainda maior. Naquela noite, ele se tornou o primeiro jogador a ter marcado mil gols, todos catalogados. Arthur Friendenreich e Ferenc Puskas tem a si atribuídos tal marca, mas não tem registro dos gols, sobretudo "el tigre", nosso primeiro craque. Pelé foi o primeiro a fazê-lo sabendo que marcara o milésimo gol. Mesmo que pairem dúvidas sobre a contagem e até sobre certos gols agregados ( como os marcados pela Seleção do Exército ). Contudo, nenhum dos mil gols catalogados foi marcado enquanto ele era juvenil, como na contagem de Romário e Túlio. Nenhum foi marcado quando ele era amador. Todos, são de quando ele era profissional. E mesmo os gols marcados quando servia a exército, foram em um campeonato oficial, que acontece todos os anos. Não foram meros treinos contra combinados como na contagem dos outros brasileiros que se apregoam terem alcançado a marca.

Pelé costuma dizer que Edson Arantes do Nascimento é mortal e Pelé eterno, como se fossem duas pessoas ( ou entidades ) diferentes. Talvez faça isso como forma de defesa para seus erros enquanto pessoa não mais ligada ao futebol. Seja como for, sejam ou não duas pessoas distintas, o fato é que naquele dia Pelé, ao ser perguntado a quem dedicava o feito, ele disse "às criancinhas". Na época pareceu demagogia, mas sejamos francos: se tivessem seguido o conselho, o Brasil hoje seria outra nação.

Pelé, o atleta do século. Pelé, dos mil gols. Pelé, o imortal. Pelé, o melhor jogador da história do futebol. Não por outro motivo, hoje é o dia dele na cidade que ele colocou no mapa. Merecidíssmo, diga-se de passagem...

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