quinta-feira, novembro 13

Dilma agora pressionar o Congresso para aprovar fraude fiscal

Ela está demonstrando o tamanho do superávit primário com os dedos...
Sei perfeitamente que devo perder mais do que ganhar leitores ao manter uma linha crítica ao Governo do PT. Não sou assim tão inocente. Além do mais, aqui em Salgueiro praticamente inexiste que faça críticas ao Partido. E acredito ser mais importante ser crítico do que viver falando bem de Governos. Além do mais, casos como o que vou retratar aqui deveria deixar os brasileiros ( eleitores do PT ou não ) bem irritados. Claro que muitos, nem farão isso, porque entendem a política - sobretudo a Federal - como se fosse disputa de futebol, ou seja, meu time tem sempre razão. Adiante...

Existem pilares da economia brasileira que foram fundados desde 1993, quando o então Ministro da Fazenda ( um tal de Fernando Henrique Cardoso ) começou a implantar o Plano Real que foi quem - de fato - mudou a cara do Brasil. São vários os pilares a serem seguidos: câmbio flutuante ( este implantado a partir de 1999 ), equilíbrio fiscal, metas de inflação, juros e superávit primário. No Governo de Dilma ( e já no fim do governo Lula é preciso dizer ) todos eles foram afrouxados ou deixados de lado. E não é surpresa para quem é bem informado que a inflação está acima do teto da meta ( que é 4,5%, mas atualmente está acima de 6,5% ), o país não cresce ( PIB previsto de 0,2% neste ano e 0,9% em 2015 ), os juros subiram ( 3 dias depois da re-eleição ), o equilíbrio fiscal nunca sequer foi seguido e agora o Superávit primário foi pro espaço... Mas o que é este tal Superávit Primário?

A conta é complexa, mas basicamente é o seguinte: do montante da receita tiram-se as despesas correntes, sem incluir os encargos da dívida ( Externa e Interna ). O resultado é o chamado Superávit Primário, que leva esse nome pelo fato que, ao somar os juros, o Governo ainda fica devendo. Esse é o Superávit Nominal. Para este ano o Governo tinha - inicialmente - comprometido-se com uma economia de 3,2%, mas alterou depois para 1,9% do PIB - Produto Interno Bruto. Em reais isso equivaleria a singela bagatela de R$ 116 bilhões. Como comparativo, o Governo terá que pagar mais de R$ 260 bilhões em juros da dívida. Acontece que nos noves primeiros meses o Governo Federal tem um Déficit superior a 15 bilhões, ou seja, não tem como fazer superávit em 3 meses, quanto mais de 116 bilhões de reais...

Como não conseguiu e não podia falar isso durante a campanha, quando a Candidata dizia que tudo estava bem e controlado acusando de pessimista que dissesse o contrário, o Governo agora mandou para o Congresso um Projeto de Lei para resolver o problema: Deduzir da conta as Desonerações Fiscais e os Gastos com o PAC. Sabe como isso se chama? GAMBIARRA. O Governo segurou os dados durante a campanha, gastou mais do que podia e agora, para não se tornar réu segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal ( a qual o PT foi contra, tendo ido até o Supremo para barrá-la ), o Governo quer artificialmente criar um superávit. Piada, é claro.

Isso é horrível por dois motivos:

  • Aumenta a desconfiança do Mercado quanto ao Governo. Isso é ruim porque aumenta juros ( que já estão altos ) e gera desconfiança na Política Econômica. Deixa o Governo com cara de perdulário e isso não é nada bom;
  • Alimenta a inflação. Gastos excessivos geram processos inflacionários, o que por si só já seria ruim, ainda mais quando o Brasil já está com Inflação Alta... Além disso, para resolver de dato o problema, o Governo terá que cortar gastos e já fala em cortes de mais de 100 bilhões. Lembrando que quando eleita em 2010, Dilma já assumiu o Governo cortando 50 bilhões. Portanto, podemos dizer que custo da re-eleição de Dilma vai custar aos brasileiros o dobro do que custara a sua eleição, Esplêndido, não?
Assim é o PT e o seu Governo: uma piada. O problema é que tem gente que acredita nos dois...

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