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| Laís merece a pensão, mas e os outros brasileiros? |
Não sei se vocês ficaram sabendo do acontecido com a atleta Laís Souza, que já representou o Brasil em Olimpíadas, mas basicamente ela mudara de esporte e preparava-se para participar do Jogos Olímpicos de Inverno de 2012, que foram realizados em Sochi na Rússia. Durante o treinamento ele sofreu um grave acidente e ficou tetraplégica ( sem qualquer movimento do pescoço para baixo ). Foi uma tragédia pessoal e esportiva, sem dúvida.
Após o acidente diversas pessoas do meio esportivos começaram uma campanha para que Laís recebesse uma pensão do Governo Federal. Até ai tudo bem, pois eu entendo que Laís estava buscando representar da melhor forma possível o nosso país. Seria algo até lógico desde que o INSS não vivesse negando pensões a rodo pelo mesmo motivo a diversos trabalhadores que se acidentaram ( claro que quando o acidente deixa tetraplégico o INSS não nega, mas diversas pessoas ficam impossibilitadas de trabalhar e tem o benefício negado ).
Dilma sancionou hoje a Lei que garante a atleta o direito a uma pensão de 4,6 mil reais. Acontece que diversas pessoas que pagam acima do teto do INSS quando sofrem um acidente, ficam com aposentadorias com valor inferior ao teto. Além disso, quando um trabalhador sofrer um acidente parecido, receberá tal tratamento? Claro que não, esta pessoa ficará sob o julgo da lei que rege o Regime Geral de Previdência Social.
Acho uma boa que se pense em alguém que sofreu um acidente como Laís Souza, que por causa do acidente não poderá mais fazer nenhum grande atividade remunerada. Mas e o Zé da obra da esquina? Vai ficar com Salário Mínimo por resto da vida porque? Porque não é um atleta?
É uma boa coisa, mas que esconde um grande problema. E que ninguém vai querer sequer debater isso...
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