O gênio Tostão

Gênio dentro e fora dos gramados. Aliás, ele é maior fora deles...

Não é justo esperar de nossos atletas que tenham conhecimento e cultura, pois normalmente eles saem das camadas menos favorecidas. Contudo devemos louvar aqueles que, uma vez que tenha ascendido na vida, busquem o conhecimento. Faço analogia parecida com os políticos e um em particular, que fez a escolha de permanecer, digamos assim, ignorante. Adiante que não quero estragar este post...

Eduardo Gonçalves de Andrade foi um dos mais geniais jogadores de nossa história. Genial ao ponto de conseguir ser um dos melhores centroavantes da Copa de 70, sem nunca ter jogado assim na vida. Coisa que só os melhores dentre os melhores é capaz de fazer. Seu apelido? Tostão.

Infelizmente teve sua carreira reduzida por causa de descolamento de retina que sofreu em 1969, ao sofrer uma forte pancada no olho esquerdo, após o Zagueiro Ditão - Corinthians - dar um bico na bola. Tostão ficou sem jogar por um tempo até ser operado nos EUA. Recuperou-se a tempo de jogar e ser um dos pilares do  melhor time daquela Copa. Jogara também na de 66, no fiasco em solo inglês.

Foi forçado se aposentar em 73, quando saiu do Cruzeiro para o Vasco, na mais cara transação até então do futebol Brasileiro. Jogou apenas 30 partidas com a camisa cruzmaltina, mas marcou 19 gols. Em 75 prestou vestibular para Medicina. Formou-se e montou consultório, Viveu recluso do mundo do futebol por anos. Até receber uma proposta de Luciano do Valle para comentar a Copa de 94. E virou cronista renomado, possivelmente o melhor do Brasil. Coisa de gênio e que buscou conhecimento e cultura...

Fiz todo este preâmbulo para chegar no ponto, porque Tostão merece ser lembrado como jogador e citado como Cronista. Ele hoje, em sua coluna ( Ganhar e Perder ) que mantém a anos na Folha de São Paulo toca, com a qualidade que lhe é peculiar, ele toca no ponto: "e se o Brasil perder? Alguém se preparou para isso?"

Como sou muito afeito a qualidade, entre acreditar em pessoas como Babão Bueno, José Maria Marin e Parreira, nem preciso dizer com que eu concordo, não é mesmo? Convido o amigo leitor a ler a coluna de Tostão. É algo espetacular...