segunda-feira, agosto 18

Datafolha: Marina presidente? Calma, muita calma nesta hora...

 

O Datafolha esteve em campo nos dias 14 e 15 ( sim, logo no dia seguinte à morte de Eduardo Campos ). E trouxe novidades sobre o praticamente certo cenário da disputa sem o ex-Governador. Dilma Rousseff e Aécio Neves ficaram onde estavam ( 36% e 20% respectivamente ), mas Marina Silva... bom, Eduardo patinava abaixo dos 10% fazia tempo, mas a ex-Senadora aparece com expressivos 21%, a frente do Senador Tucano, mesmo que empatados tecnicamente.

Era esperado, devo dizer. Marina tem o que é chamado de recall ( lembrança no eleitorado ), é uma figura bem conhecida e tem todo este clamor após a morte de Campos. A questão aqui é saber até quando? Com os números auferidos confirma-se - em parte ao menos - meu pensamento sobre o cenário daqui para frente: onde Dilma e o PT devem mudar o foco e cerrar fogo contra Marina. Qual o motivo disso? Primeiro porque o partido entende ser mais fácil derrota Aécio e o PSDB. Depois porque na simulação de segundo turno...


Marina apareceu 4% na frente de Dilma. Motivo mais do que suficiente para que os petistas desloquem suas baterias para a ex-senadora petista. Assim sendo, deveremos ver a presidente usando seu guia quase infindável para atacar Marina Silva e o PSB, mesmo que ainda sobre-lhe tempo suficiente para atacar Aécio... mas será uma questão de - aos olhos petistas - escolher o adversário que lhes pareça mais acessível. Basta ver se o eleito vai concordar com isso... Ainda no segundo turno, Aécio perdeu importante terreno ante Dilma. Na pesquisa anterior estava 4% atrás e vinha seguidamente diminuindo a distância para a presidente. Agora está a 8 pontos atrás, o que não é um bom sinal. Mais um, se olharmos o fato de aparecer em terceiro na pesquisa.

Outro dado importante é a rejeição. Dilma manteve o mesmo patamar anterior, Aécio aumentou 2 ( tem agora 18%, um número muito baixo ) e Marina herdou a rejeição que Campos tinha. Significa que tanto ela como Aécio tem potencial de crescimento maior do que Dilma.

O jogo mudou. Até quando o efeito pela morte de Campos vai aquecer a campanha de Marina é o que saberemos...

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