Alexandre Tombini diz que fará o que for necessário... mas agora? |
O Banco Central define a base da política monetária nacional. É, desde a implantação das metas de inflação durante o Governo FHC, o fiel protetor do controle da inflação. Basicamente tem apenas uma forma de fazer isso: aumentando a taxa Selic.
Curiosamente o BC fez justamente o contrário durante o ano de 2014, manteve a Taxa no mesmo patamar, mesmo que com a inflação mostrando-se resistente e em alta. Porque fez isso? Simples: porque não pegaria nada bem para a Presidente em re-eleição. É quando as instituições são usadas para o interesse de um partido, não da nação. Dois aumentos da Selic em Marco e Abril teriam surtido efeito em Setembro e agora a inflação estaria com tendência de baixa. Só que ai Dilma não poderia dizer que tudo estava bem, isso porque todos já entenderam que quando Taxa de Juros sobe é porque as coisas não vão nada bem. Pois é...
Alexandre Tombini seguirá no comando do Banco Central. Deve ter feito por merecer, já que fez o que Dilma queria, não o que era necessário. Não por coincidência o Banco aumentou a Selic 3 dias depois da re-eleição de Dilma. E na reunião seguinte, aumentou outra vez. E hoje Tombini disse que ninguém deverá se surpreender com a inflação mais alta do que a atual, que já está bem alta. No acumulado, segundo Tombini deixou a entender, a inflação poderá até mesmo passar dos 7%, algo que não acontece a muito tempo... Segundo Tombini, o Banco Central trabalhará para que o processo inflacionário torne-se menor ao fim de 2015 e durante 2016. Outra vez, depois da hora necessária.
O Banco Central, diga-se, está fazendo o correto. Mas tardiamente. E quem pagará o pato - como sempre - será o povo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário