Vacina Indiana não tem aprovação da ANVISA |
O assunto Vacinas tem dado muita dor de cabeça ao Presidente Bolsonaro, isso sem falar nas mortes que não foram evitadas. Mais de 100 e-mails simplesmente ignorados da Pfizer, a não procura pelo imunizante da Jansen que foi testada no Brasil ( com excelente resultados, diga-se de passagem ) e as pesadas críticas para com a Coronavac formam um arco negacionista que resultou em mortes de brasileiros.
Além disso, o Presidente falou diversas vezes que somente compraria Vacinas que tivessem aprovação da ANVISA. Aqui eu quero informar que comprar neste tocante seria garantir a entrega, ou seja, estar no início da fila na hora em que os imunizantes estivessem prontos e testados. O que todos os Governos do Mundo fizeram, menos o Brasileiro.
Mas ai chegamos na questão que trata o título deste post: as tratativas feitas pela Covaxin, da Indiana Bharat Biotech. Primeira coisa que chama atenção é que a ANVISA não liberou - até agora - a Vacina, mas mesmo assim o Governo negociou para tê-la, acertando contrato no valor de 1,6 bilhões de reais. E não fica só nisso: apenas para esta Vacina tem a figura de um atravessador, a Precisa Medicamentos. Que ficaria com um lucro de 500 milhões, quase 1/3 do Contrato. Por fim, existe denúncia de que foi feita pressão em cima de um servidor de carreira do Ministério da Saúde para que a compra fosse logo finalizada.
O que não se sustenta é porque apenas esta Vacina teve pressa por parte do Governo, sendo que ela não foi testado em brasileiros, não teve sequer a sua fábrica avalizada pela ANVISA, tem indícios nada republicanos de pressão e até de intermediação suspeita. E que até o Presidente ligou para o Primeiro Ministro Indiano para conseguir dar andamento na contratação. E afirmando que isso visava quebrar um suposto monopólio da Pfizer. E reitero: a ANVISA não tinha feito qualquer aprovação.
Como se isso não bastasse, tem a questão financeira. O custo da Covaxin é bem mais cara que a da Pfizer e com prazo de entrega mais demorado. O Ministro Eduardo Pazuello disse que achou cara o imunizante da Pfizer, mas aceitou e negociou por outra que era mais cara. Sem esquecer de lembrar que o mesmo Pazuello disse que o prazo de entrega era longo demais, quanto a Pfizer, mas o da Covaxin não tinha problema algum.
E por fim, o Deputado Luiz Miranda ( DEM ), que é irmão do Servidor pressionado. informou ao Presidente Bolsonaro sobre a pressão de outros pela pressa na aquisição da Covaxin. O Deputado já se reuniu com 5 Senadores e será ouvido possivelmente na sexta que vem. O que ele dirá tem o poder e Nitroglicerina Pura, como citei no termo.
Parece que o era um caso de Omissão - o que já seria gravíssimo - começa a ganhar contornos de métodos nada republicanos. E isso é algo que se restar provado, deixará o Presidente em péssimos lençóis.
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