Na pose oficial, tudo bem... na realidade, o papo é outro. |
Quando balançou no cargo, correndo riscos de sofrer impeachment, o ex-presidente Lula criou um método: fazer discursos com plateias escolhidas a dedo pelo Brasil a fora. Só entrava nos eventos pessoas que passassem pelos rigorosos crivos dos aliados. Se o evento era em cidade de um adversário político, pessoas viam de diversas cidades. Quase sempre com suas despesas custeadas com dinheiro do contribuinte. A ideia era ele falar e falar... e a imprensa nunca poderia noticiar uma vaia. Assim ele recuperou seu prestígio de antes do escândalo e o superou por muito. Depois de re-eleito, houve um relaxamento no crivo. Sei bem do que falo. E muita gente que hoje critica Dilma, também...
Pois bem, hoje Dilma não desfruta mais da aura de imbatível e tão pouco a de ótima presidente. E, talvez por acreditarem que ainda irão vencer a eleição no primeiro turno, tem tomado vaias, em locais cuja plateia não pode ser escolhida a dedo, por onde anda. Foi assim na sua passagem por Cabrobó. Foi vaiada fora das tomadas oficiais. Após passar, digamos assim, incólume nas visitas ao Ceará e Paraíba. Mas aqui em Pernambuco...
Ai logo surge a questão: o PSB, de seu adversário Eduardo Campo, estaria por trás das vaias? Acho complicado acusar o partido ( mesmo eu sendo filiado ao mesmo, é o que eu penso ), que o Partido fosse fazer isso só em Pernambuco, já que Ricardo Coutinho é do PSB e Governa a vizinha Paraíba. Pois é, acusar opositores por prepararem armadilhas não pega nada bem para um partido que mandou um filiado seu causar constrangimento para Aécio Neves pouco tempo atrás... Pois é né?
O fato é que existe um clima diferente no ar: o da insatisfação. Dilma e o PT parecem não estar atentos a ele. Dilma veio a Cabrobó visitar o que não está pronto, não tinha o que inaugurar. Veio, portanto, fazer campanha. E se descuidou ao escolher a plateia. E parece que ninguém no Governo sabe bem o que fazer, pois além de cair nas pesquisas a Presidente e sua equipe tem cometidos erros nada interessantes para quem vai disputar uma re-eleição.
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