sexta-feira, julho 9

O curioso caso da Prefeitura em Calamidade Financeira - Parte I: 300!!!

 

Todos já sabem que o Prefeito Marcones Libório ( PSB ) adora expor exageradamente o pouco que faz, dando a falsa impressão de fazer muito. Até aliados reconhecem isso. Ele usa e abusa do Marketing e com isso criou uma aura de ótimo gestor, que claro, não se sustenta com o confronto da realidade. Esta série é dedicada a isso, que popularmente é taxada de "cara de pau". 

A Prefeitura fará um Pregão Eletrônico para Registro de Preços para a confecção e aluguel de espaço para TREZENTOS Outdoors. Isso mesmo, 300 Outdoors, ao custo de quase 130 mil reais. Antes de prosseguir, um dado: Registro de Preços não gera contrato imediato, é apenas uma intenção de compra, que se por acaso se confirmar será solicitado e pago. É, reforço, uma forma eficiente de contratação e o preço por Outdoor ( menos de 430 reais ) não indica superfaturamento, porque ainda existe a previsão de redução do preço na disputa do certame. Não fosse um pequeno problema: o Prefeito em seus primeiros atos declarou que o Município estariam em Calamidade Financeira.

Pois é: como existe Calamidade Financeira se existem recursos possíveis para pagar quase 130 mil reais para propaganda? E apenas para uma das muitas que são feitas? Sem sentido algum. E isso sem falar em aquisições anteriores a esta, que serão alvos desta série "cara de pau".

Primeiro analisemos a quantidade: 300. A validade de um Registro de Preços é de 12 meses, prorrogável por mais 6 meses, totalizando 18 meses. Ao dividirmos 300 por 18 temos 17 Outdoors por Mês, isso se 17 fossem solicitados logo no primeiro mês. Ai vem a pergunta: como assim a previsão da Prefeitura, assinada pela Chefe do Gabinete do Prefeito, achou material para tantos outdoors mensais? E se não for prorrogado, fica ainda pior: 25 por mês. Não precisa conhecer a fundo a cidade para saber que este quantitativo não é crível.

Se não tem embasamento na realidade e com o Município em Estado de Calamidade, porque então fazer tal Processo Licitatório? Bom, com certeza não teremos resposta a esta fácil pergunta, porque o Prefeito odeia dar respostas, ainda mais as incômodas. Das duas uma: ou alguém errou feio no planejamento ou a ideia realmente é expor o que não foi feito.

Alguém poderia arguir que a Pandemia demandaria publicidade para informar a população. E eu digo na lata: ela caminha para o fim e obviamente a demanda por isso será cada vez menor. E convenhamos: nem mesmo no grosso da Pandemia existiria a demanda por 17 Outdoors todos os meses. Inexiste explicação para tal Licitação, sob o aspecto da lógica e do aspecto do Decreto que o Prefeito editou. Que convém dizer não tem data para o fim.

E assim caminha a Prefeitura em Calamidade Financeira que tem dinheiro pra 300 Outdoors...

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